X

Policiais civis entram no 8º dia de greve protestando contra falta de negociações

Os policiais civis do Acre entraram ontem no 8º dia de greve e protestaram bastante contra a falta de iniciativa do poder público para negociar as exigências da categoria. Os servidores alegam que desde segunda-feira (24) protocolaram pedido para sentar com o governo, que prometeu resposta para o dia seguinte. Contudo, até ontem (26) não havia nada de negociações. Por conta da dita ‘intransigência’, o sindicato dos PC (Sinpol/AC) garantiu que o movimento está se tornando cada vez mais forte e prolongado no Estado.

Ao todo, o Acre possui mais de 1.250 policiais civis (agentes, peritos, papiloscopistas, delegados, etc). Conforme estimativas do presidente do Sinpol, Maurício Buriti, cerca de 70% (850 agentes) deste total estão sendo prejudicados por certos pontos impostos pela Lei Estadual 2.250, que rege a profissão do policial civil acreano. Segundo ele, tais itens usurpam vários benefícios dos PCs, como a passagem de nível de 3 em 3 anos e aposentadorias mais baixas. Além disso, eles reivindicam aprovação da PEC 300 – 446.

“A nível nacional, o movimento dos policiais civis pode até acabar amanhã, com a nova aprovação da PEC 300 – 446 no congresso. Entretanto, nós, aqui, ainda continuaremos de greve por conta da falta de diálogo com o governo. Não vamos aceitar esta lei como está. Por isso, estamos indo diariamente nas delegacias para reforçar o movimento, que com certeza continuará até que consigamos pelo menos negociar avanços”, contou ele.

Com a manutenção da greve, o grande prejuízo gerado à população é a falta de agentes para fazer ocorrências (BOs) nas delegacias, um dos serviços mais essenciais da PC. Apenas as ocorrências emergenciais (flagrantes) é que estão sendo feitas. “E o sindicato lamenta muito por isso, mas queremos ressaltar que a culpa não é só nossa. Agora, só o que queremos é sentar e negociar amistosamente o fim da greve”, desculpou-se Buriti.

Correios fazem paralisação de 24h para lançar carta aberta – Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos também cruzaram os braços ontem, na Praça Eurico G. Dutra, em frente à Aleac. Eles fizeram uma paralisação de 24h para acompanhar o movimento nacional dos carteiros. O objetivo do ato foi lançar uma carta aberta à população, expondo que os motivos pelos atrasos de correspondências no Brasil são a falta de estrutura, má gestão, burocratização e privatização de serviços na ECT.     

 

 

Categories: POLÍTICA
paula: