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Acre abre etnoturismo 2010 com grupo europeu

O Acre abriu oficialmente no início do mês sua temporada de etnoturismo para o ano de 2010. O primeiro grupo aventureiro disposto a conhecer as riquezas da Amazônia e a gente que nela vive foi formado por franceses, belgas e alemães. Com mais de 88% do território coberto por floresta intacta, o Acre quer se tornar referência nacio-nal para essa categoria de turismo, em que pessoas se dispõem a deixar o conforto dos centros urbanos para estar em contato maior com a natureza.

À frente da empreitada está João Bosco, da Manaim Amazônia, empresa acreana especia-lizada neste turismo nem tão convencional, mas que a cada dia ganha mais adeptos ao redor do mundo. De acordo com Bosco, o primeiro grupo europeu formado para se embrenhar na floresta acreana serviu como experiência para o Estado se aperfeiçoar.

Formada em sua grande maioria por profissionais liberais, a equipe visitou seis al-deias da etnia Ashaninka, localizadas às margens do Rio Jordão. A Secretaria de Turismo teve como contrapartida a preparação da comunidade para receber os turistas.

Banheiros foram construídos para oferecer maior comodidade, além de cozinhas para o prepara das refeições. Segundo o secretário Cassiano Marques (Turismo), um dos papéis do governo dentro das ações de fortalecimento do etnoturismo está na capacitação das lideranças indígenas.

Para Ion Davi, da Travessia Ecoturismo, empresa goiana que intermediou a vinda do grupo europeu, o Acre ainda precisa melhorar para garantir um etnoturismo forte. “Capacidade o Estado tem”, garante ele. Especialista neste segmento, Davi afirma, entretanto, que o caráter natural e “primitivo” do etnoturismo não pode ser perdido no processo de fortalecimento dos projetos. O objetivo é fazer com que o visitante regresse ao máximo possível no tempo.

Atualmente o atrativo mais forte do Acre para os turistas mochileiros é o tradicional Festival Yawá, festa anual dos índios yawanawa. Cassiano Marques afirma que as próximas tribos a se preparar para o etnoturismo são os ashaninkas e kaxinawas. O secretário ressalta que a participação das comunidades é voluntária, e que toda a legislação indígena brasileira é respeitada.      
  

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