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Edvaldo Magalhães prega a unidade política acreana no Senado

Mais um pré-candidato ao Senado foi sabatinado ontem, no quadro Boca no Microfone, na GAZETA FM. Edvaldo Magalhães (PCdoB) respondeu as perguntas dos jornalistas Eliane Sinhsique e Nelson Liano Jr., com a colaboração dos ouvintes, sobre as suas motivações para concorrer a uma vaga de senador. Hoje será a vez do pré-candidato Jorge Viana (PT) participar do quadro, entre às 15h e 16h, na 93,3 FM.

Motivação da pré-candidatura – Edvaldo Magalhães falou dos motivos que o levaram a aceitar a disputa como representante acreano no Senado da República. “O Senado é a casa que unifica o Brasil. O Acre se comparado a São Paulo pela sua representatividade a deputado federal fica pequeno porque só temos 8 e São Paulo mais de 70 deputados. O Acre fica do tamanho de São Paulo na representação do Senado porque todos os estados têm três senadores. Estamos precisando conquistar algo que já foi quase possível aqui no Acre e se perdeu numa única oportunidade que é ter uma bancada unificada de senadores para defender o desenvolvimento do Estado. Se é verdade que podemos ser do tamanho de São Paulo precisamos ter uma bancada unificada na defesa dos interesses da população”, avaliou.

Qualificação – Quanto à sua experiência política Edvaldo, destacou: “sou professor e filho de professora, mas a minha maior formação foi na academia da política. Ganhei experiência quando o Jorge Viana assumiu o Governo e fui o líder dele na Aleac durante 8 anos. Passei esse tempo dialogando, o que me transformou numa das pessoas mais próximas do ex-governador. Mas também me ensinou a mediar permanentemente no plenário da Aleac os conflitos, conduzir as reivindicações da sociedade e dos seus trabalhadores abrindo um canal de diálogo entre as ruas e as instituições públicas. Nos mais recentes 4 anos fui presidente da Aleac com uma ação política para construir as maiorias a partir do diálogo entre os setores vivos da sociedade. O parlamento acreano me credencia a participar dos debates do Senado que é uma Casa de mediação política. É lá que se resolvem as grandes questões do Brasil. Quem vai estar ali precisa de competência política para mediação e isso não se aprende da noite para o dia. É preciso vivenciar conflitos para esse conhecimento”, apregoou.

A formação da chapa da FPA – Houve críticas de adversários políticos de Edvaldo Magalhães sobre a falta de diá-logo nas hostes da FPA. O pré-candidato comunista contestou: “a construção da chapa majoritária da FPA foi colegiada e unificada. Não houve problemas dentro do nosso grupo. Foi construída por um movimento político de identidade que resgatou a alta estima da população. Nos tempos em que o Acre vivia da brigalhada da política o primeiro a perder era o povo acreano. Nós colocamos as arengas no segundo plano para gastarmos energias na construção de projetos importantes para o desenvolvimento do Estado. Nós estamos vivendo um momento de grande prosperidade. Nós queremos unir o Acre de ponta a ponta”, disse ele.

Segundo Edvaldo a construção da chapa majoritária da FPA foi democrática. “Não se consegue construir e cimentar uma aliança que envolve 14 partidos se não for com muito diálogo. Aqueles que fazem oposição ao nosso projeto não conseguem sentar numa mesa para tomar uma Coca-Cola. Não conseguiram se decidir como vão caminhar para o Governo, para o Senado e nem sobre as chapas proporcionais. A FPA encontrou um caminho de conduzir-se na política através da renovação. Os exemplos são o prefeito Angelim (PT) e o governador Binho Marques (PT). Nós chegamos à construção de forma unânime porque temos candidaturas naturais. A minha candidatura surgiu com a desistência da senadora Marina Silva (PV-AC) que resolveu disputar a presidência. Uma construção natural sem rasteiras e brigas menores”, avaliou.

Hegemonia política – Outro questionamento da oposição é sobre a falta de diversidade política nos cargos eletivos acreanos. Edvaldo explicou: “as pessoas querem encarar o Senado como a Câmara Federal onde fazem disputas das partes. No Senado não pode haver a representação de um pedaço, mas do todo. Não podemos transformar as cadeiras do Senado em palco de disputas dos partidos. Temos que aproveitar esse espaço privilegiado que coloca o Estado em condições de igualdade política com o resto do Brasil para usá-lo em defesa dos acreanos. Quero ser o candidato da união da bancada do Acre. Unificados no Senado temos muito mais possibilidades de ajudar um processo interno do que com disputas políticas. Se gasta mais energia na política colocando defeitos naquilo que o outro está fazendo do que na construção de novos projetos de busca de solução dos problemas do nosso povo”, salientou.

Desafios para o desenvolvimento – Indagado sobre os caminhos do desenvolvimento do Estado, Edvaldo, afirmou: “temos que potencializar a força da nossa comunidade. Nós estamos vivendo um momento extraordinário. Não tem nenhum projeto de desenvolvimento que seja sustentável se não fortalecer a organização do nosso povo. O Acre vai vivenciar a sua fase de industrialização e de colheita dos grandes investimentos que tivemos na sua infra-estrutura. Nós não podemos perder tempo com brigas menores e projetos individuais. Temos que colocar toda a nossa força política num projeto coletivo. É por isso que sou pré-candidato”, garantiu.

Gestão na Aleac – Um dos seus principais concorrentes, Sérgio Petecão (PMN) também foi presidente da Aleac. Magalhães, se negou a fazer comparações entre as gestões. “Não quero fazer comparações, mas focamos a nossa gestão em três eixos principais. Primeiro não podíamos ficar presos ao debate político de tribuna. Nos deslocamos para irmos mais próximos das pessoas para conhecer os seus problemas e da comunidade. Assim, fomos em busca das soluções. Essa foi a riqueza da Assembléia Aberta. Tiramos preposições importantes, inclusive, para o orçamento do Estado. Apostamos na relação com os países vizinhos com uma política de integração regional incentivada pelo presidente Lula e fizemos uma aproximação com o Peru e a Bolívia. O terceiro eixo foi estar permanentemente de portas abertas para a comunidade e os movimentos sociais. Todas as pessoas que procuram a nossa Casa encontram uma disposição para mediar conflitos. O parlamento precisa ser mediador do conflito. Nós cumprimos bem a nossa meta”, finalizou.

 

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