Em termo prestado ao comandante da Companhia de Trânsito da Capital (Ciatran), major Luciano Fonseca, na manhã de ontem, o policial militar Francisco Moreira, negou que tenha intimidado Maria Ambrósio, mãe da estudante fuzilada durante uma blitz de trânsito.
O procedimento administrativo foi adotado a pedido do comandante interino da Polícia Militar, coronel Paulo César, logo após tomar conhecimento das declarações prestadas por Maria Ambrósio à imprensa.
Ela afirma que Moreira fez um aceno para que ficasse de boca calada, no momento em que se dirigia a sala da Vara do Tribunal do Júri Popular de Rio Branco, para prestar depoimento ao juiz Leandro Leri Gross, na última quinta-feira, 17.
Moreira tem um filho com a irmã da mãe de Edna Ambrósio e responde pela morte da estudante, na modalidade de homicídio qualificado, junto com o também policial militar Moisés da Costa Silva. Presos desde o dia 25 de fevereiro deste ano – data da ocorrência – ambos foram colocados em liberdades, na última quinta-feira, em virtude da fragilidade dos indícios de autoria apontados até agora nos autos.
De acordo com o coronel Paulo César, o termo prestado por Moreira será encaminhado à Corregedoria da PM, a quem caberá adotar as medidas cabíveis que o caso requer. O mesmo será feito pela Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização dos Presídios do Ministério Público Estadual.
SERVIÇO SOCIAL – O coronel informou ainda que, seguindo orientação da Justiça, os dois policiais indiciados no caso Edna Ambrósio, serão encaminhados ao Serviço Social da Polícia Militar, onde ficarão prestando serviço administrativo até que o caso seja definitivamente esclarecido.