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Hildebrando Pascoal é transferido para Fundhacre

Uma infecção urinária foi à causa da internação do coronel aposentado e ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, no final da tarde da última sexta-feira (18), esclareceu ontem a Gerente de Assistência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, médica Ana Bethânia Brito.

Segundo ela, Hildebrando deu entrada por volta das 17h se queixando de dores e dificuldade para urinar. Exames preliminares confirmaram a infecção urinária. Por se tratar de um paciente que requer acompanhamento especial, em virtude do histórico de hipertensão e diabetes, foi determinada a internação.

Desde sexta-feira até o início da tarde de ontem (21), Hildebrando estava sendo mantido na sala de isolamento, a poucos metros do setor administrativo da UPA-2. Quatro policiais militares – três deles do Batalhão de Operações Especiais (Bope) – garantiam a segurança do leito, cujo acesso só é permitido à família e aos profissionais de saúde.

Por volta das 14 horas, ele foi transferido para Fundação Hopitalar do Acre (Fundhacre), onde já existe um leito adequado para pa-cientes que estejam sob custódia do Estado e necessitem de escolta policial.

Como acompanhante, o coronel aposentado tem a esposa Maria Rosângela Costa. Ela se mantém isolada com o marido e não quis conversar com os jornalistas. De acordo com a médica Ana Bethânia o estado de saúde dele é estável, mas novos exames foram realizados para saber se é necessário ou não prolongar o tempo de internação.

Síndrome do pânico
Além de hipertensão e dia-betes, Hildebrando Pascoal também sofre de síndrome do pânico. Os primeiros sintomas começaram a aparecer 7 anos após o aprisionamento, em 2006, quando a Justiça determinou tratamento psiquiátrico para o réu.

Registros mantidos sob sigilo pela administração do sistema carcerário, a pedido do próprio réu, revelam situações dramáticas, nas quais Hildebrando dá claras demonstrações de estar sendo vencido pelos efeitos negativos do cárcere.

Equipes do Serviço Móvel de Urgência (Samu) e psicólogos do Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) são chamados constantemente ao presídio Antônio Amaro Alves para prestar atendimento ao réu durante suas crises repentinas.

A psicologia explica que o transtorno do pânico é uma enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero. A pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco porque o coração dispara, sente falta de ar e transpira em abundância.

Quem padece de síndrome de pânico, dizem os especialista, sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor idéia de quando eles vão acontecer novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses

 

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