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Investimentos no sistema penitenciário do Acre é tema do Dois Dedos de Prosa

Os investimentos no sistema penitenciário foram o tema do programa Dois Dedos de Prosa com o Governador Binho Marques veiculado nesta segunda-feira, 14. O Acre é proporcionalmente o Estado com maior número de presos no Brasil. É também o estado com maior índice de resolução dos crimes de homicídio: 89% são esclarecidos, de acordo com o Governador Binho Marques.

“Quando o Governador Jorge Viana assumiu, nós tínhamos 500 presos. Hoje nós temos quase 3.700 presos. E eu compreendo quando sou abordado na rua pelas pessoas que me questionam, porque que no lugar de investir na penitenciária, o Governo não está gastando com programas habitacionais ou com educação. Primeiramente, quero dizer que a gente não parou de investir em educação, saúde, habitação, pelo contrário, esse investimento aumentou mais ainda. Mas quem está no governo tem que cuidar de tudo, e se descuidarmos deste setor, nós teremos no Acre o que vemos em outros lugares, as grandes rebeliões em São Paulo, até em Rondônia, e se isso acontece traz prejuízos para toda a população. Por isso é necessário ter uma estrutura adequada para todo esse trabalho”.

De acordo com o Governador é alto o investimento do Governo do Estado no setor. São 12 unidades penitenciárias que estão sendo construídas, reformadas ou ampliadas, tanto na capital como no interior. Em Sena Madureira a unidade está pronta. Em Cruzeiro do Sul o Governo iniciou uma ampliação e recentemente inaugurou uma ala só para as mulheres. Já em Tarauacá, a fase é de conclusão das obras. Isso sem contar o investimento na penitenciária de Senador Guiomard, que está em fase de conclusão e vai ser uma das mais modernas do país, de acordo com Binho Marques.


O trabalho de inclusão e ressocialização desenvolvido nas unidades prisionais também foi destaque na fala do governador. Hoje cerca de 20% da população carcerária está trabalhando. “Eu quero ressaltar que esse investimento tem vários aspectos de interesse da população. O primeiro deles é que nós não queremos que o preso fique ocioso. Ali é um lugar em que as pessoas precisam produzir para ajudar a manutenção dos presídios, que é muito caro. Já temos em funcionamento várias unidades de produção: bolas, malhas, mudas, os restaurantes que têm os presos trabalhando e agora recentemente nós entregamos inclusive tratores, porque nós vamos trabalhar também com a produção agrícola dentro das unidades penitenciárias.”

Binho Marques também aproveitou para citar um exemplo de ressocialização que mostram como o trabalho está no caminho certo. “Recentemente eu acompanhei a situação de um jovem que está na universidade. Ele dentro do presídio fez o segundo grau, entrou na universidade, e a família está feliz da vida porque houve uma mudança de atitude. A maioria da população carcerária tem em média 25 e 26 anos, mas quando nós entramos no governo, há cerca de 11 anos, eles já tinha 15 anos. Então, com 15 anos, já não tinham frequentado a escola, provavelmente o pai e mãe não tinham emprego, é uma situação diferente da que temos hoje”, avaliou o governador. (Agência Acre)

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