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Supermercados e lojas de produtos oficiais faturam com a Copa

Para torcer durante a Copa do Mundo, um requisito que não pode faltar é o tradicional manto sagrado da seleção brasileira. Ninguém quer passar o mês sem ter a sua própria camisa oficial. Por conta disso, desde o final de abril as lojas esportivas estão mais do que triplicando as suas vendas de roupas e outros produtos licenciados, com a oferta de variedades de objetos, cores, gêneros e tamanhos. Agora, com a proximidade da Copa, os comerciantes estão ficando cada vez mais animados com as vendas de última hora.

De acordo com Marcelo Rodrigues, gerente da loja oficial do Brasil ao lado do Estádio José de Melo, desde o início do ano o local vem pedindo um estoque maior de produtos para a Copa. Há cerca de um mês e meio, a demanda começou a crescer rapidamente e, até o momento, ainda continua em alta. Se fosse tirada uma média desta subida, Marcelo conta que ela representa-ria quase 4 vezes as vendas usuais do restante do ano.

“Por isso, a nossa expectativa é de continuar fazendo pedidos e manter as vendas em alta neste mês, com muitas variedades para os nossos clientes. Estes meses de Copa são, sem dúvida, o nosso melhor período de vendas”, comenta o gerente.

Os itens mais requisitados são camisas oficiais manga curta (R$ 210) e longa (R$ 250); camisas de goleiro (R$ 210); a camisa autêntica dos jogadores (R$ 283); blusas normais (R$ 50 a 80); camisa feminina (R$ 180); shorts (R$ 110); bandeiras gigantes de pano 2,56/1,80m (R$ 190); bandeiras de carros (R$ 20); bandeiras de pano com 2 lados (R$ 60); copos (R$ 15); canecas (R$ 25 a 35) e o mascote canarinho (R$ 33).

Outra que também fatura com as vendas de produtos originais para Copa é a Esportiva. Segundo o proprietário da loja, Henrique Filho, desde o começo de abril a procura pelos artigos da seleção começou a subir. Os pedidos foram feitos antes e agora o estoque está terminando, sendo necessária a renovação. Ele também afirma que a procura triplica durante estes meses, aumentando o faturamento geral da loja em 50%.  

“O movimento em ano de Copa geralmente é bem agitado. Contudo, é importante que fique de ressalva que isso depende muito da seleção. Se ela não tiver um desempenho bom durante a Copa, aí as vendas vão cair rapidamente”, conta Henrique.

Na esportiva, os produtos que mais vendem são as camisas oficiais (R$ 210 parcelado e 189 à vista); shorts (R$ 120); bonés (R$ 70); camisa oficial de treino (R$ 155); réplicas não oficiais, mas licenciadas (R$ 50 a 70) e camisetas normais estampadas (R$ 75).

Nem a pirataria atrapalha vendas – Apesar da competição desleal nos preços, os produtos oficiais da seleção brasileira, em especial camisas, não estão sofrendo grandes prejuízos por causa da pirataria. Segundo comerciantes, a Copa geralmente impulsiona muito as vendas de produtos, a um nível em que tanto o mercado de oficiais, quanto de piratas consegue obter boas vendas. No caso das originais, este aumento é ainda maior, já que o orgulho nacional pela seleção faz com que as pessoas queiram ter pelo menos uma camisa oficial de cada edição do mundial (uma questão até cultural).


Copa faz vendas de produtos das festas juninas dobrarem em supermercados
Os meses de junho e julho são geralmente marcados pelas festas juninas. Entretanto, de quatro em quatro anos o que mais agita os brasileiros neste período é a Copa do Mundo. Criativo como só o acreano sabe ser, as festas locais já estão planejadas para misturar os dois. Nos armarinhos, os enfeites para duplo já estão disponíveis. Em supermercados, as vendas de produtos juninos típicos já estão dobrando, gerando um acréscimo geral no final do mês que varia entre 6% a 10% para o referido setor comercial.

Nos mercados, o milho, o fubá, o trigo, os doces e as farinhas estão começando a encher as prateleiras e as tendas especialmente montadas para expô-los. Para incentivar tais vendas, as lojas apostaram numa grande variedade de comidas e de marcas, com preços que vão desde centavos até de R$ 7,00 (acessível ao orçamento de qualquer arraial).

Segundo Ribamar Silva, RP e vendedor do Gonçalves, as festas juninas geram um bom volume de vendas. Porém, com a Copa do Mundo as saídas deste mês estão superando qualquer estimativa prévia e transformando o período em um dos melhores do ano. Sem o mundial, a loja deveria faturar entre 30 a 50% com este segmento de produtos. Com a Copa, tal acréscimo está sendo superior ao dobro (100%).

“Desde o final do mês passado, a demanda cresceu bastante. Por isso, aumentamos nosso estoque desde o início de maio e agora estamos com muitas variedades, o que nos deixa positivos para a época. Nesta semana (passada), montamos a nossa tenda de exposição e agora esperamos que as altas se mantenham até a metade de julho”, estima Ribamar.

No Gonçalves, o milho (R$ 2,00 a 3,50) é o que mais está sendo procurado, mas as vendas estão altas também para a farofa pronta (R$ 2,36 a 2,66); trigo preto (R$ 1,80 a 2,12) e para kibe (R$ 2,12); farinha p/ mandioca (R$ 2,32 a 3,35); fubá 500g (R$ 1,06); pipoca (R$ 1,28 a 1,88); e a farinha de milho p/ cuscuz (R$ 0,84 a 1,89).

Por sua vez, o Supermercado Araújo também registra as mesmas altas nos produtos de arraiás (100 a 200%), com variedades de produtos tão extensas quanto a que se vê nos demais mercados da cidade. De acordo com Adem Araújo, proprietário da rede, a Copa fez com que o setor ficasse mais animado, com a demanda crescendo antecipadamente e os pedidos de mais comidas típicas das festas juninas sendo feitos desde o final de abril. Por tudo isso, esta metade do ano está ficando atrás apenas do Natal e da Semana Santa.

“Além dos alimentos das festas (carnes, peixes, refrigerantes e cerveja), a Copa deixa as pessoas mais empolgadas. Por isso, ela impulsiona as festas juninas”, associa ele.

No Araújo, os itens mais procurados são o milho verde Kg (R$ 3,00 a 4,00); a pipoca 500g (R$ 1,80); azeite de dendê 100 ml (R$ 2,30); o vinho p/ fazer quentões (R$ 7,00); a farofa pronta 500mg (R$ 3,40); o frango (R$ 3,20 a 3,70); materiais descartáveis (R$ 2,35); doces (R$ 2,50 a 3,80), paçocas (R$ 3,20) e o leite condensado (R$ 1,80 a 2,60).   

 

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