A Universidade Federal do Acre terminou ontem as consultas públicas sobre a adesão (ou não) do Exame Nacional de Ensino Médio como seu processo seletivo. A questão foi levada a milhares de estudantes, pais e professores (comunidade estudantil). Por ora, a Ufac termina de compilar as respostas da pesquisa de amostragem. A partir da semana que vem, a instituição deve começar as discussões internas sobre o exame.
Primeiramente, a questão foi levada para cerca de 1.500 alunos das escolas particulares e através de enquete no site da universidade. Por conta da greve de 30 dias da Educação, as consultas na rede pública vieram depois e só acabaram na manhã de ontem (ainda não computadas). De acordo com o professor Minoru Kimpara, analisando-se os resultados parciais da internet e das escolas particulares, a maioria ainda prefere que o Enem continue a ser adotado apenas para as vagas remanescentes (modelo atual).
Mas a escolha da maioria ainda não absoluta, e nem final. Quem bate o martelo sobre o modo ao qual o Enem será empregado é apenas o Conselho Universitário da Ufac. Para tal decisão, o pró-reitor de Gradua-ção, Renildo Cunha, explica que será aberta uma série de discussões internas entre os docentes, coordenadores de cursos, etc. As consultas e tais debates servirão de base para que o Consu dê um veredicto final sobre a questão.
Outro fator que Renildo Cunha aponta como vital para a deliberação do conselho é a visita que representantes do Ministério da Educação (MEC) devem fazer à Ufac dentro das próximas semanas. Segundo o pró-reitor, o emissário do MEC apresentará temas importantes sobre o Enem, tais como a sua aceitação pelo Brasil, as formas às quais ele é aplicado, o que se espera da edição deste ano, quais as suas vantagens e desvantagens.
“Tudo isso será inserido em nossas discussões internas, a fim de que possamos deliberar sobre a questão da forma benéfica e satisfatória à socie-dade. É lógico que se trata de um tema que sempre deixará opiniões divididas. Porém, abrimos o debate ao campo mais democrático possível, no sentido de acharmos um bom consenso”, pondera Renildo.
Preparação – Independente da adoção integral ou não, o pró-reitor afirmou que grande parte das escolas acreanas de Ensino Médio já realizam o Enem há certo tempo. Assim, os alunos já estão familiarizados o suficiente com o exame para obter boas notas. “Mesmo com a adesão total do Enem, eu tenho certeza que os nossos estudantes já estão preparados o suficiente para não deixar a qualidade do Ensino Superior acreano cair e ser competitivos com a média dos demais estados”, finalizou Renildo.
Ainda não há data certa para saber se a Ufac irá ou não adotar o Enem como vestibular, porém, é provável que esta decisão seja tomada até a 2ª quinzena de julho.