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Apóstolo José Ildson será o candidato a vice de Bocalom

O grupo de 8 partidos das oposições confirmou o nome do apóstolo Ildson (PPS) para ser candidato a vice de Tião Bocalom (PSDB). Pastor da Comunidade Apostólica, que reúne entre 800 e 900 fiéis, Ild-son nunca foi candidato. Ele explicou que o critério usado para chegar ao seu nome foi o fato de ser do Juruá, apesar de morar há 25 anos em Rio Branco e ser evangélico.

“O meu nome é a questão de ser evangélico tendo em vista o crescimento do setor. Nós somos a segunda Capital mais evangélica do Brasil com 42,6%. Também o fato de representar o Juruá. Moro em Rio Branco há mais de 25 anos e a minha base é a Capital, mas tenho uma família muito grande em Cruzeiro do Sul”, justificou.

Apesar da representatividade do seu ministério não ser muito grande o apóstolo Ildson ressaltou: “a questão é que trabalhamos com vários ministérios e muitos líderes num projeto bem mais amplo. Nós temos feito acordos com vários pastores dentro desse projeto político”, garantiu.

Política e religião
Indagado sobre as críticas que alguns religiosos fazem sobre a mistura entre a política e a religião, Ildson, defendeu a sua opção. “Existem alguns paradigmas que precisam ser quebrados na mente de alguns religiosos. A política está em todos os lugares. Mesmo sendo religiosos nós somos cidadãos e dependemos da política para viver em sociedade. Num país presidencialista democrático precisamos da política. Não tem como considerar isso à parte”, argumentou.

O próprio apóstolo já foi contra a mistura. “Nunca fui candidato. É a primeira vez que estou militando na política partidária porque acho necessário. Até brincava que se partido fosse bom não era partido, mas inteiro. Já fui contrário a mistura da política com religião. Mas observando algumas coisas que considero necessárias dentro de uma sociedade mudei meu ponto de vista. Trabalho num projeto chamado Transformação Mundo onde acompanhamos mais de 700 comunidades em vários países. Queremos usar esse critério de transformação social aqui também na nossa cidade”, salientou.

O pré-candidato a vice garante que não aceitou a missão visando apenas o benefício dos evangélicos. “Não estou entrando nesse projeto para defender a religião, ainda que seja representante evangélico e esse critério tenha sido usado. Não estou na chapa por uma causa evangélica, mas para contribuir no Estado com projetos sociais por que creio que para beneficiar apenas os evangélicos continuaria a fazer política apenas no meio evangélico. Mas creio na contribuição que posso dar a toda sociedade”, garantiu.

As chances de vitória da chapa oposicionista, segundo o apóstolo, só podem ser avaliadas depois da campanha nas ruas. “Não entraria em nenhum projeto se não acreditasse. Não estou para fazer nome e lobby. Existem pesquisas, mas as eleições são no dia 3 de outubro. Só teremos o resultado depois da propaganda na mídia e a apresentação de projetos. Depois disso que a população vai poder definir quem são os melhores para representar o Estado”, finalizou.

 

 

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