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Márcio Bittar: “venceu a nossa tese de candidato único das oposições”

Defensor intransigente da tese da candidatura única das oposições, o ex-deputado Márcio Bittar (PSDB) ficou satisfeito com o desfecho dos mais recentes acontecimentos. “De uma forma que eu não imaginava acabaram se unindo os dois maiores partidos de oposição: o PSDB e o PMDB. Imaginava uma aliança feita com mais tempo e mais maturação e com embasamento mais programático. Isso não foi possível porque havia visões diferentes. Sempre dominou no PSDB a necessidade da existência de duas candidaturas. Como esta tese persistiu por muito tempo a união acabou acontecendo de última hora”, afirmou.
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Márcio Bittar analisa a situação da coligação. “Acabou prevalecendo o que eu desejava, mas não da maneira que achava ideal. Mas são águas passadas e o que importa é que o PMDB, o PSDB o DEM e os partidos que se dizem contrário à política da Florestania estão unidos e vamos enfrentar uma eleição difícil, mas é o povo que vai decidir”, argumentou.

Chances da oposição
Quanto às chances de vitória da oposição, no plano majoritário, o ex-deputado acha que são boas. “O Jorge Kalume dizia que só não tem chance quem não é candidato. Nós da oposição sabemos que não enfrentaremos uma vaca atolada. Vamos enfrentar um governo que tem prestígio, com pessoas que têm boas relações e executam obras. Inclusive, com uma candidata a presidência (Marina Silva) que faz parte desse grupo. Numa eleição presidencial polarizada ela passou a ser eleitora mais cobiçada no plano nacional. A Marina, no Acre, pertence ao grupo dos nossos adversários. Mas a troca de poder é normal e acontece quando a gente menos espera. Temos um candidato que tem características de executivo e transmite isso,” avaliou.

Márcio Bittar fala dos focos da campanha governamental da oposição. “Temos problemas gravíssimos como a insegurança pública e falta de atividade econômica. A população precisa, ao trocar de governo, con-fiar em alguém que tenha pulso e o Bocalom transmite isso. Para o Senado tenho claro que a oposição tem a chance de fazer pelo menos uma vaga. É uma eleição que o governo terá uma dianteira, mas não significa que chegará à frente”, garantiu.

Eleições proporcionais
Ao contrário de alguns oposicionistas, Márcio, concordou com a vinda do PMDB para a chapa proporcional. “Acho positivo o Flaviano Melo (PMDB) na nossa chapa e espero que todos os partidos trabalhem pelas coligações que escolheram. Porque para se chegar a uma chapa alguém sempre tem que estar cedendo e isso causa algum desconforto em algum momento. Mas já que estamos juntos e vamos fazer uma convenção, no dia 26, é importante que todos os partidos e candidatos estejam lutando para a chapa que optaram. Sou otimista, mas com o pé no chão e acho que a oposição poderá fazer três deputados federais, mais do que isso me parece impossível. Existe o eleitor que independente da questão das lideranças vota no PSDB. Veja o Lula que nunca arrasou de votos no Acre”, salientou. 

Relação dentro da oposição
Quanto aos desentendimentos que protagonizou dentro das hostes oposicionistas, Bittar, explicou: “nasceu uma idéia de que eu seria candidato a comandar o diretório do PSDB no futuro e não tenho o menor interesse de ser presidente do partido. Acho que isso surgiu porque tenho dito que meu projeto é para o executivo. Não é segredo que se for eleito vou me preparar para disputar a eleição majoritária. Mas isso não se faz na marra e ninguém vai passar por cima de um candidato que se viabilizou”, finalizou.

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