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Sena Madureira pede socorro à deputada Perpétua Almeida

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) está agendando uma audiência emergencial da bancada federal do Acre com o ministro Ricardo Lecandovisk, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela atende ao apelo feito pela população de Sena Madureira, a fim de colher informações que possam contornar a grave crise no município, que há quase dez meses vive instabilidade política com conseqüências no comércio e na vida de cidadãos mais humildes, como agricultores.
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A parlamentar acreana reuniu na tarde de ontem com comerciantes, vereadores e representantes dos produtores rurais da região. Eles também solicitaram uma intervenção dela junto ao Governo do Estado.

Perpétua recomendou cautela no indicativo de fechar a BR-364.O manifesto, previsto para este fim de semana, deverá ser suspenso, segundo informou o presidente da Associação Comercial do município, José Roberto. O comerciante entende que “nenhuma decisão radical deve ser tomada por enquanto”, e espera que o esforço político da deputada e da bancada em Brasília possa trazer algum alento à cidade. “Temos uma forte sensação de abandono. Esta insegurança é sentida por todos aqui”, disse a empresária Maria Hoffmann.

“Fechar a estrada seria uma decisão ruim. O acesso a Cruzeiro do Sul acabou de ser reaberto. Vejo que o transtorno seria muito grande e isso afetaria a vida de muitas comunidades que nada têm a ver com esta questão”, afirmou a deputada, que levará as reivindicações dos senamadureirenses até o governador Binho Marques.

“Eu não posso pedir para o governador do Acre ser prefeito de Sena Madureira. Quem assume uma gestão, seja por um dia, 9 meses ou 4 anos, deve assumir de verdade. A crise existe, mas há repasses federais que caem na conta da prefeitura todo mês. Por lei, esta verba não pode sofrer descontinuidade. Os investimentos, por mínimos que sejam, devem ser garantidos, afinal os impostos continuam sendo pagos e essa arrecadação precisa ser revestida em benfeitoria à população”, disse a deputada, em resposta ao apelo feito por alguns para que o Governo do Acre amenize a situação financeira do município.

A deputada manifestou preo-cupação com o convênio de R$ 7 milhões, firmado entre o Governo do Acre e a Prefeitura de Sena Madureira, destinado à revitalização do cafezal e adjacências. A crise política no município também afetou estes recursos, segundo os vereadores.

Do TSE, segundo informou a deputada, espera-se uma definição sobre quem, de fato, vai governar pelos próximos  dois anos e meio: se Wanderlei Zaire, que está na interinidade, ou Nílson Areal, que recorre para ser reconduzido ao cargo como titular. Ou, como alternativa aventada pela própria Justiça Eleitoral, quando se daria uma possível nova eleição.

O comerciante José  Roberto disse que as lojas vendem hoje menos de 10% do que vendiam no mesmo período do ano passado.  “O risco de demitir pessoas existe e nós não podemos fazer muito por estes funcionários, já que as mercadorias não saem das prateleiras”, disse ele.

A deputada irá  ao Incra, para saber a quantas anda o cronograma de obras para abertura de ramais na região. Parte da produção agrícola também está dependendo de acesso rural para chegar até o mercado consumidor e a renda dos agricultores também despencou por conta disso.

Quanto aos 700 funcioná-rios municipais temporários demitidos recentemente na gestão Wanderlei Zaire, a deputada disse que “faltou a prefeitura apresentar uma alternativa a estas famílias ao invés de simplesmente retirá-los de folha. “Um concurso público, por exemplo, poderia ter sido pensado”, finalizou.

 

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