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Acre avança no Ideb, mas matemática é o ‘calcanhar de Aquiles’ nas escolas

O ensino da matemática é o calcanhar de Aquiles nas escolas acreanas. Essa foi a avaliação feita pela secretária Maria Corrêa (Educação) ao apresentar o desempenho do Acre no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), análise do Ministério da Educação que afere a qualidade do ensino nas escolas da rede pública e privada do país. No geral, o Acre apresentou avanços e superou as metas nacionais estipuladas.

O Estado teve a nota 4,3 na avaliação de 2009 – a do Brasil foi de 4,6. Mesmo abaixo, a educação acreana conseguiu superar a meta nacional para 2009, que era de 4,2. A qualidade do ensino é classificada pelo ideb numa escala que vai de 0 a 10. Apesar dos avanços, o Acre ainda está com nota vermelha na avaliação do Ministério.

Mas se comparado com o primeiro lugar do ranking  -Minas Gerais – o Acre fica atrás apenas a 1,3 pontos. A educação mineira recebeu nota 5,6. Otimista, a secretária afirma que já nos próximos anos o Acre atingirá todas as metas estipuladas pelo Ministério da Educação para 2021. O atual resultado obtido pelo Estado o coloca à frente quatro anos nas metas estabelecidas.

A nota obtida pelo ensino fundamental ano passado (4,5), supera a almejada para 2013. Para Maria Corrêa, as notas do Acre “consolidam as políticas de busca pela qualidade no ensino público”. Os números do Ideb revelam, além dos avanços, que o Acre precisa vencer alguns gargalos, principalmente no ensino da matemática. 

Enquanto que o Brasil tem uma média de 204,3, o Acre ficou com 197,8. “Ainda temos um longo caminho a percorrer para alcançar a média Brasil”, reconhece a secretária. Outro avanço a ser alcançado é no ensino médio. Desde o início do Ideb, em 2005, o Estado tem patinado na casa dos 3,5. Este desempenho, porém, fica acima da nacional, que é de 3,4.

Esse baixo resultado do ensino médio, diz Corrêa, é fruto de uma forte concentração dos investimentos por parte dos governos somente no ensino fundamental, deixando os últimos anos da educação básica em segundo plano. Somente agora que o ensino médio também passou a ser priorizado pelo poder público.

Mas se comparado com o desempenho de uma década atrás, o Acre apresenta saltos cada vez maiores nas análises do Ministério da Educação. O Estado que ocupava sempre as últimas colocações, hoje destaca-se entre os grandes da federação. “Não tenho medo de afirmar que estamos entre os estados que têm sistemas de educação consolidados, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná”, afirma Corrêa.

Mas o resultado favorável, completa ela, não é motivo para relaxar. “Temos consciência que precisamos melhorar onde estamos mal. Para isso, precisamos fazer um trabalho de formação continuada dos professores, e um sistema de acompanhamento das escolas”.

Maria Corrêa também defende o uso de tecnologias dentro das salas de aula como forma de melhorar o aprendizado dos alunos, e a mudança dos métodos tradicionais de ensino por aqueles que realmente levem o aluno a absorver o que é transmitido. “Estamos felizes com o resultado [do Ideb], mas não podemos achar que alcançamos o ideal”, pondera. 

 

 

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