O Acre foi o Estado que registrou o menor índice de focos de calor em toda a Amazônia local no primeiro semestre do ano. No período, o Estado teve detectado apenas 6 focos de calor. Em toda a região, porém, o número de queimadas ficou quase 50% superior ao registrados nos seis primeiros meses de 2009. No Acre o desempenho foi inverso, com os focos caindo pela metade de um período para o outro. Os dados são do Banco de Queimadas do Inpe (Instituto Nacio-nal de Pesquisas Espaciais).
As informações foram colhidas a partir de imagens noturnas do satélite NOAA 15. A análise detectou um número de 2,3 mil focos entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período de 2010, o registro foi de 1,6 mil.
No ranking dos Estados que apresentaram os maiores números de focos está, mais uma vez, o Mato Grosso, com 1.267 registros. Logo em seguida aparece o Pará (451), Roraima (423), Maranhão (103), Rondô-nia (85) e Amazonas (39). Amapá e Tocantins aparecem empatados, com 8 focos cada. O Acre foi o último, com apenas 6 registros. Comparado com 2009, o Acre apresentou uma queda de 50% nos índices de queimada; naquele ano o Inpe detectou 13 focos.
Acre, Rondônia e Amazonas foram os únicos Estados a apresentar quedas no índice de registro de focos. A cada ano o Acre tem se destacado como o Estado que mais tem reduzido seus índices de queimada. Este resultado tem sido obtido por conta do esforço das políticas do governo petista de substituir o fogo por outros métodos de trato da terra para a agricultura.
As queimadas são usadas principalmente pelos pequenos produtores para “renovar” suas áreas de cultivo. O problema é que este método tem agredido a floresta e toda a sua biodiversidade. Com o objetivo de alcançar o “fogo zero, o governo tem tentado colocar em prática projetos que incentivem os pequenos e médios agricultores a substituir este método agressivo por sustentáveis, como a mecanização.