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Após anos de espera e polêmica, Álcool Verde terá licença de operação

Após um longo período de espera e muitas polêmicas, a Usina Álcool Verde parece que, enfim, receberá a tão almejada licença para iniciar suas operações no município de Capixaba. Burocracias no processo de licenciamento ambiental travaram por mais de 5 anos o começo das atividades do empreendimento, que tem como sócios principais o Governo acreano e o Grupo Farias, um dos maiores no setor sucroalcooleiro do país.

Segundo informações, o Imac (Instituto de Meio Ambiente do Acre) estaria em fase final de conceder a licença definitiva para que os equipamentos da empresa saiam do ostracismo. O órgão estadual teria acatado o projeto de compensação ambiental elaborado pela Álcool Verde, e que faz parte das etapas de concessão das licenças.

Entre as exigências do Imac está a garantia de proteção aos recursos naturais que estão no entorno do empreendimento, além de assegurar aos trabalhadores a devida assistência, evitando que casos de trabalho escravo comuns em canaviais Brasil afora se repitam aqui.

A implantação de uma usina de álcool no Acre reacendeu, à época, o debate da presença destes empreendimentos dentro da Amazônia. O projeto não tem o apoio da senadora e candidata do PV à Presidência da República Marina Silva. A acreana sempre se mostrou contrária a atividades econômicas que possam colocar em risco a conservação da floresta.

Por várias vezes, o investimento foi tema de polêmicas na Assembléia Legislativa, já que conta com recursos estatais. Uma comitiva de parlamentares chegou a visitar a Usina Álcool Verde, localizada a pouco mais de 60 quilômetros de Rio Branco.

A implantação da Álcool Verde transformou a paisagem da região. De antigas áreas utilizadas somente pela pecuária, agora grandes porções de terra ao longo da BR-317 são ocupadas por canaviais. Estima-se que o grupo mantenha empregados mais de 200 pessoas nesta fase.

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