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Calor e alta demanda encarecem jambu nos mercados da cidade

Quem foi aos mercados municipais nas últimas duas semanas à procura do jambu – erva comum da região e que serve como base para vários pratos típicos do Acre (pato no tucupi, tacacá e rabada) – terá que tirar mais dinheiro do bolso ou até mesmo voltar para casa de mãos vazias. Por conta de problemas na safra e da procura excessiva durante os dias de friagem, a folha do jambu tem praticamente triplicado de preço e sumido das cestas de vendas de muitos comerciantes de verduras da cidade.

No Mercado municipal Elias Mansour (ou Mercado Novo), é bastante difícil encontrar o jambu no final da manhã (a partir de 10h) e durante o começo da tarde. A maioria dos vendedores só recebe carregamento da folha no final da tarde, e os poucos que cultivam a erva estão com problemas de colheita por conta do sol mais forte de verão.

Assim, os preços saltaram da faixa de R$ 0,50 a 0,75 por maço (alguns faziam 3 por R$ 1,00) para a de R$ 1,5 a 1,75 (alguns cobram até a mais de R$ 2,0). Nas épocas mais críticas, o maço chega a custar até R$ 4,00 ou 5,00, aumentando bastante o preço dos lanches e restaurantes que incluem tacacá, pato no tucupi e rabada no seu menu.

Conforme o vendedor e agricultor Altemir Gomes da Costa, esta é uma época difícil para a venda do jambu, com muita procura e pouca oferta da erva no mercado. “A plantação fica seca, daí a folha estraga mais fácil. Só quem realmente precisa é que compra”, conta ele. Outras duas vendedoras que constatam a mesma situação são Ivone M. de Oliveira e Emily Ferreira da Silva. Segundo elas, o frio tem provocado certa carência nos últimos quinze dias, mas a partir da próxima semana a falta deve começar a ser suprida.

Ainda de acordo com os comerciantes, a falta de jambu nos mercados da cidade volta a acontecer no final do ano, já que a demanda cresce bastante (turismo maior) e as safras locais não conseguem acompanhar o mesmo ritmo.

 

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