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Funcionários do Educandário Santa Margarida cobram salários atrasados

Sem pagamento desde fevereiro deste ano, funcionários do Educandário Santa Margarida se mobilizaram ontem na frente da sede da instituição, em Rio Branco, para cobrar os atrasados. Eles são responsáveis direitos por 26 crianças e adolescente em risco social que estão abrigados no local.
“Se eles querem tanto ajudar a criança e o adolescente, como vivem dizendo na imprensa, antes de tudo devem olhar para nós, que na prática somos responsáveis de cuidar desses menores”, desabafou a mãe social, Ivone Mendes.

Para Maria Ângela, funcionária do Educandário há 13 anos, a falta de compromisso com os funcionários reflete o descaso com a questão do menor. “Isso é uma vergonha, na semana em que o Estatuto da Criança e do Adolescente completa 20 anos nós temos que parar as nossas atividades para cobrar salários atrasados”, disse.

Angélica faz ainda uma crítica direta a Prefeitura de Rio Branco. Segundo ela, a gestão municipal utiliza um prédio do Educandário como escola sem qualquer pagamento de aluguel. “Esse dinheiro bem que poderia ser usado para pagar os nossos salários”, sugere.

A instituição se mantém graças a doações feitas pela comunidade e repasses da Secretaria de Assistência Social. De acordo com os funcionários, nos últimos dois anos o atraso de salário tem sido uma constante. Eles cobram uma resolução definitiva por parte dos responsáveis.

Dos mais de 20 funcioná-rios que faziam parte do quadro, apenas 12 continuam na ativa. Os demais pediram demissão em virtude do atraso nos salários ou estão de licença médica. Francisco Erádio está na casa há 15 anos. Ele paga pensão alimentícia e teme ser preso por descumprimento de ordem judicial.

O OUTRO LADO – Nenhum membro da coordenação do Educandário Santa Margarida foi encontrado na sede da instituição para prestar esclarecimentos sobre o assunto.

 

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