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Empresário do Acre é preso por suspeita de lavar dinheiro do narcotráfico

Um empresário da Construção Civil de Rio Branco, cujo primeiro nome é Angelo, está entre as 13 pessoas presas, preventivamente, ontem, 15, pela Polícia Federal, em virtude de suposto envolvimento com uma organização criminosa especia-lizada em roubo de carga, tráfico de drogas e câmbio ilegal de moeda estrangeira.
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A operação “Conexão Amazônia” cumpriu ainda mandados de prisão nos estados do Amazonas, Rondônia, Pará, Goiás, Rio Grande do Norte e Maranhão, num total de 35. Também foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, um deles numa agência de turismo da Capital acreana, investigada por suposto fornecimento de dólares para o pagamento da droga.

Em entrevista coletiva, os delegados José Carlos Calazane (superintendente regional/AC), Flávio Augusto (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), Maurício Moscardi (Delegacia de Repressão ao Entorpecente) e o tenente Wagner Sá (Força Nacional) falaram sobre os procedimentos adotados durante a operação.

Calazane destacou o apoio da Polícia Nacional Peruana que, segundo ele, foi fundamental para a prisão do narcotraficante daquele país acusado de fornecer cocaína à organização criminosa. Ele foi preso na cidade de Corumbá, no Pará. Destacou ainda a participação dos homens da Força Nacional que atuaram conjuntamente com os agentes federais.

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Delegados José Calazane, Flavio Augusto e Maurício Moscardi concederam entrevista

De acordo com o superintendente, as investigações foram iniciadas no ano de 2008 e revelaram a existência de um grupo criminoso que atuava no financiamento, aquisição, transporte, comercialização e distribuição de carregamentos de cocaína, provenientes da Bolívia e do Peru. Além de roubo de carga, câmbio ilegal de moeda estrangeira e lavagem de dinheiro.

A forma de atuação consistia no transporte da droga pelas rodovias e rios da Amazônia. Uma das rotas descobertas no Acre levava a droga de barco de Cruzeiro do Sul, no Alto Juruá, diretamente para Manaus, no Amazonas. Em dois anos de investigação, a PF apreendeu cerca de uma tonelada e meia de cocaína, veículos automotores, armas, embarcações e efetuou 91 prisões em flagrante.

A remessa de dólares era feita através de “mulas” – pessoas contratadas para levar o dinheiro no corpo – ou através do serviço de Sedex da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em fundos falsos de livros ou revistas.

A agência de turismo, que está sob investigação, seria utilizada como casa de câmbio para o fornecimento dos dólares e caberia ao empresário da construção civil a lavagem do dinheiro arrecadado de forma criminosa.

A Polícia Federal não revelou os nomes dos supostos envolvidos no esquema. Todos os presos foram levados à carceragem da PF para interrogatório e devem ser conduzidos ao presídio local nesta sexta-feira, 16, após passarem por exame de corpo de delitos no Instituto Médico Legal (IML).

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