O governador Binho Marques falou ontem sobre os resultados da reunião de emergência realizada na quinta-feira (8) pelo Ministério de Minas e Energia que tinha como objetivo analisar o apagão na noite da última terça-feira (6) que deixou Acre e Rondônia sem energia por mais de duas horas. Para Binho, os resultados do encontro ainda são preliminares, e que não satisfazem aquilo que o Palácio Rio Branco quer: a garantia de que o problema não voltará acontecer.
A única iniciativa saída da reunião ministerial foi a formação de uma comissão para apurar as causas do blackout, além de um encontro a ser realizado na próxima semana em Rio Branco para discutir com os distintos setores da sociedade e governo a questão energética. Segundo Binho, a reunião em Brasília só aconteceu depois de muita pressão por parte do governo acreano.
“Eu mesmo liguei para o secretário-executivo do Ministério [de Minas e Energia, José Antônio Correia Coimbra]”, disse ele. Binho falou que o resultado da reunião ainda não garante uma solução que proteja o Acre de futuros apagões. Enfático, afirmou que o problema somente estará resolvido com a construção da segunda linha de transmissão que conecta o Estado ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
É por meio do SIN que o Acre passou a receber sua energia diretamente das principais usinas hidrelétricas do país. Essa transmissão, entretanto, acontece por meio de um único circuito. “Nós já sabíamos que o Acre só estará seguro com o segundo linhão”, disse. Para o governador, o Estado precisa ter mecanismos para que seu fornecimento de energia esteja garantido até a conclusão da construção do segundo circuito.
É o que Binho Marques denominou como Plano B na última quarta-feira, um dia após o apagão.