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Ney Amorim: “não tenho negócios e nem acordos com empreiteiras”

O deputado estadual Ney Amorim (PT), 32 anos, tem conseguido traçar uma trajetória política importante no Estado. O parlamentar traz a vocação da vida pública no sangue seguindo os passos do pai, Josué Amorim, um dos fundadores do PT acreano e vereador de Rio Branco por dois mandatos. Recentemente foi especulado que a candidatura à reeleição de Ney Amorim estaria relacionada às grandes empreiteiras. O deputado petista refutou as especulações e deixou clara a sua posição em relação ao assunto: “não tem nenhum grupo de empresários comigo, mas se vierem serão bem-vindos”, ironizou.   

Ney Amorim, aos 26 anos, foi candidato pela primeira vez a vereador de Rio Branco. Teve a segunda maior votação do seu partido e ficou como primeiro suplente. Dois anos depois concorreu a uma cadeira na Aleac e, novamente, ficou como primeiro suplente. Com o falecimento do deputado Francisco Cartaxo (PT), no começo da atual legislatura, Ney Amorim, assumiu a cadeira. “Fui logo conduzido a líder do PT, a maior bancada da Casa, importante nesse processo de transformação junto com a FPA. A partir desse momento cresceu muito a minha responsabilidade e pude amadurecer como político”, salientou.

O exemplo familiar
A admiração pelo pai, Josué Amorim, fez crescer a paixão pela política no jovem parlamentar. “Acompanho a política desde garotinho. Vivenciei o processo de construção do partido e aquele filho que sempre estava próximo ao meu pai. Somos oito irmãos, mas sempre fui aquele que se identificou mais com as atividades políticas do meu pai. Me filiei ao PT aos 16 anos e fiz parte da sua juventude. Quando me candidatei a vereador e fiquei como suplente para mim já foi uma grata surpresa porque eu ainda era muito jovem. O Angelim (PT) me convidou para sair para deputado e, novamente fiquei suplente. Na verdade  acumulei simultaneamente as primeiras suplências da Câmara de Vereadores da Capital e da Aleac, para depois assumir a cadeira no parlamento estadual”, revelou.

 Mas a admiração e a parceria com seu pai continuou.  “Meu pai já foi vereador por dois mandatos e saiu da linha de frente da política com apenas 55 anos de idade. Largou a política ainda com mandato porque entendeu que era hora de dar oportunidade à juventude e resolveu me lançar. Ele preferiu voltar à suas atividades na iniciativa privada. Mas é ele que está me ajudando na minha campanha organizando o pessoal e o meu material publicitário. Ele deixou de ser da linha de frente para ser o meu suporte. É meu braço direito junto com a minha mãe”, explicou.
 
 Especulações sobre as empreiteiras
Recentemente algumas referências na imprensa associaram o nome de Ney Amorim aos grandes grupos de empreiteiros. “Quem conhece a minha história e a da minha família sabe que a nossa origem é humilde. Nós viemos da área da Baixada onde construímos a nossa trajetória política. Andaram dizendo que tenho uma candidatura milionária e sou o candidato das empreiteiras. Na realidade quero que alguém me apresente às empreiteiras. Sou o candidato da Baixada, da juventude, do grupo das mulheres.

Acho quem quiser abraçar a nossa causa por achar que estou fazendo um bom mandato será bem-vindo. Mas não tem um grupo de empresários comigo. Tenho a minha candidatura regular, tenho meu CNPJ, meu bônus de campanha, tudo dentro da legalidade. O apoio de onde vier será bem- vindo. Mas eu não tenho negócios e nem acordos com empreiteiras. Mas admiro aqueles empreiteiros que trabalham e prestam serviço a nossa sociedade, geram empregos e renda e que estão ajudando o nosso Estado a crescer”, argumentou.       

Filho especial
Mas além da política, Ney Amorim, tem uma outra causa de vida muito importante. Com um filho de 10 anos que nasceu com a Síndrome Down o parlamentar tem se dedicado à causa da assistência às crianças especiais. “Tenho feito o possível através de emendas parlamentares. Desde que entrei na Aleac faço doações regulares para a Apae e mantenho diálogo com as famílias que vivem a mesma situação.

O meu filho é a minha vida. Tanto que todo o tempo que tenho depois de cumprir com as minhas obrigações da minha vida pública dedico a ele.  Acredito que as crianças que são especiais estão preparadas para a vida. Nós é que não estamos preparadas para elas. A sociedade tem que respeitar e entender as diferenças.

Quero dedicar o meu mandato cada vez mais a essa causa por entender a situação minha e das outras famílias que vivem essa questão. Tenho aprendido muito. Inclusive, por causa dessa situação que vivo familiarmente, tenho conversado com as famílias e isso faz com que possa contemplar outros tipos de problemas da nossa sociedade”, revelou.

Categories: POLÍTICA
A Gazeta do Acre: