Quando penso em determinada pessoa que não está mais ao meu lado, quando passo num bairro onde eu trabalhei no apostolado paroquial… é então que me dou conta, de quanta saudade eu sinto, já senti, e irei sentir mais ainda!
Saudade é um termo difícil de explicar, existe só na língua portuguesa sendo uma espécie de nostalgia, mas mais complexa. É a lembrança de um bem que está ausente.
Todos já sentiram saudades.
Saudade faz pensar imediatamente em imagens do passado, em pessoas queridas que não estejam mais próximas de nós, ou algum momento específico da vida da gente.
São recordações que ficaram guardadas com carinho em alguma parte do nosso coração, como uma caixinha de recordações. Quando vem a lembrança, vem também, junto, uma série de outras lembranças e sentimentos e pensamentos, sobre aquela pessoa que amamos tanto e já não está mais conosco, ou porque morreu ou porque a vida separou.
Afinal de contas, alguém já escreveu: “Saudade é a prova de que aquilo que vivemos valeu a pena”.
Mas Jesus nos ensinou o que é a Esperança: é a virtude que não deixa o amor e a fé se apagarem. Por isso tenho certeza que as pessoas queridas que nos deixaram, como a Dona Clycia, um dia as encontraremos na família de Deus onde não haverá mais lágrimas nem saudade, mas a vida plena que nunca tivemos possibilidade de experimentar aqui nesta terra.
(Artigo escrito pelo Padre Mássimo Lombardi para o Jornal da Catedral Nossa Senhora de Nazaré)
MEMÓRIAS ETERNAS
Peço licença aos leitores para publicar nesse espaço hoje algumas homenagens que têm chegado à família em reconhecimento ao trabalho profissional e social realizado por nossa mãe e familiar, CLYCIA MELLO DE SOUZA, durante seus 72 anos de vida, bem como diversas manifestações de gratidão pelo bem que ela praticou.
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Publico ainda dois poemas escritos pelos netos Camilinho e Luíza, de 20 e 12 anos, respectivamente.
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Antes de seu retorno à Pátria Espiritual teve realizado o seu desejo de doar seus órgãos para que outras vidas sejam prolongadas através da sua.
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Amanhã, 27, às 19h, será celebrada na Catedral Nossa Senhora de Nazaré a MISSA DE 7º DIA de sua passagem para a vida eterna. Embora saudosos com a sua partida, amigos e familiares participarão da Celebração da Esperança, louvando, bendizendo e agradecendo a Deus por sua vida terrena e espiritual.
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Clycia partiu no dia 20 de agosto. A…gosto de Deus!
E nós nos despedimos dela dizendo a…Deus!
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Bom dia, quinta-feira. Até domingo!
QUEM É…
Quem é esta mulher gentil que caminha ao nosso lado, e com sua mão forte e o coração generoso enriquece o nosso viver?
Serena nas ventanias e corajosa na defesa dos seus amores, para ela não há tempo ruim.
Mesmo em momentos de fragilidade não desiste dos seus ideais, e, frente ao sofrimento transmite-nos, com fé e firmeza, a calma e a esperança necessárias.
Quem é esta mulher guerreira, que sempre encontra forças para superar as adversidades e mostrar-nos que a vida é espinho e flor?
É filha, é irmã, é companheira, é amiga, é mãe, é avó… é CLYCIA.
(Texto escrito pelo amigo da família Gilvan Almeida nos seus 70 anos, em 22.10.2008)
UMA AMIGA QUE PARTIU SEM DIZER ADEUS…
Há poucas coisas na vida que são mais difíceis de enfrentar do que a morte súbita de alguém que você gosta e a perda da vida faz você sentir que tem um enorme vazio dentro de si.
É especialmente difícil experimentar a perda trágica e inesperada de uma amiga querida. Aconteceu…
A amiga Clycia adoeceu de repente, entrou em coma, partiu e não disse adeus, deixando um vazio em sua família, nos amigos, especialmente nos mais íntimos.
Formal, inteligente, séria, solidária, amiga de todas as horas, corretíssima, brincalhona – uma menina que provocava muitas gargalhadas em quem desfrutava de sua intimidade -, e especialmente fiel as suas amizades.
No ano de 1990 formamos uma parceira (ela presidente e eu vice) da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica – ABMCJ, a convite da desembargadora Eva Evangelista, por termos, à época, nos tornado reconhecidas na sociedade pelo trabalho desenvolvido no projeto “Sem lenço, Sem documento” (atualmente denominado “Projeto Cidadão”), que nos deu projeção nacional junto à instituição.
Caminhamos juntas à frente da ABMCJ-Acre por mais de 10 anos, ela sempre com grandes idéias, surpreendendo a diretoria nacional que a tudo copiava, replicando o modelo às outras unidades.
Também seguimos juntas no movimento do Lions Clube no ano de 1993. Ela assumindo a presidência do Clube Plácido de Castro, no ano leonístico 1995-1996, sempre lutando pelo social. Um dos trabalhos foi a divulgação do Hino Acreano junto aos estudantes, tendo em vista que acreditava que o amor pela terra natal brota na infância e na adolescência através do conhecimento da história da luta do Acre para se tornar independente, contada com riqueza no hino.
Durante as muitas viagens aos congressos da ABMCJ em vários estados do país, foi cotada por diversas vezes para ser a presidente nacional, mas rechaçava a idéia quando abordada por entender que não tinha competência para tanto (pura modéstia de sua parte).
Dedicou-se de corpo e alma ao Centro Estadual de Apoio ao Deficiente Auditivo (CEADA) buscando mais dignidade e a melhoria do atendimento a estes deficientes e conseguiu progressos importantes.
Buscava conselhos e opiniões e ao mesmo tempo aconselhava por sua rica experiência de vida. Ouvia e era ouvida, pois suas sugestões eram sempre lúcidas e apropriadas às dificuldades dos amigos que buscavam ajuda.
Essa era a Dra. Clycia que todos conheciam e admiravam.
Essa era a amiga Clycia de todas as horas e esse vazio não será preenchido por muito tempo.
Até um dia amiga, descanse em paz e que todos os anjos digam Amém!
Alexandrina Melo de Araújo (advogada e amiga)
VOA ESPUMA, VOA…
Feito espuma ao vento, continuo em movimento
Atrás de algo ou alguém que me dê sustento
Feito espuma ao vento
Procuro novos horizontes, novos ventos…
Será que aguento? Entendo?
Entenda, se não aguenta, desista e escuta
Se tiver alguma dúvida ou dívida, quita
Quando menos se espera, a vida te evita
Evita, jamais se restrinja, se permita
Estamos de partida.
(Camilo Yunes Neto, neto)
VOVÓ…
Todos me perguntam “o que aconteceu?”
É tão difícil responder
Pois uma alma tão linda como a sua
Eu nunca vou esquecer.
Ontem meu irmãozinho me falou
Que estava até feliz
Pois Deus está cuidando bem
Da nossa imperatriz.
(Luíza Mello Pinheiro, neta)