Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Repondo a verdade

LenildaA honra sentenciou Padre Vieira em um de seus sermões, “é mais preciosa e mais amável que mesmo a vida”. Da mesma forma que a desonra, disse Matias Aires nas suas Reflexões sobre a Vaidade dos Homens, “é a única desgraça que se imprime na alma como um caráter imortal”. Enquanto a honra engrandece o homem, o sentimento da desonra é proporcional a uma punhalada no coração.

E é em defesa da primeira e combate a segunda que me dirijo a vocês nesta oportunidade para esclarecer notícia injuriosa, caluniosa e difamatória, que vem sendo disseminada na cidade com o propósito de ferir a minha honra, da minha família e de todos aqueles que gozam da minha amizade.

Dizem por aí que estou presa. Recolhida a cela de presídio por delitos diversos, que mudam de tipo penal a todo instante, de acordo com a insana mente de meus caluniadores e caluniadoras, que se diga, já estão sendo identificados e serão civil e criminalmente respon-sabilizados, como assegura a Constituição Federal deste país e outros dispositivos legais.

A calúnia, meus amigos, infeliz quem prova dela, pois é como carvão, quando não queima tisna. E é com o coração despedaçado que eu me dirijo a vocês para repor a verdade perante a sociedade de infeliz e traiçoeira notícia que se espalha pelos lares acreanos, onde até então, eu entrava como porta-voz da Justiça Social, usando o meu microfone e este humilde portal de notícias em prol dos menos favorecidos.

Enquanto diziam por aí que eu estava presa, encontrava-me em São Paulo, para onde viajei no último dia 24 de julho acompanhada de uma irmã – nome ao qual me reservo ao direito de não revelar – já que necessitava passar por tratamento de saúde naquela cidade. Foram 19 dias de internação, período em que convivi com sentimentos de intensa angústia e até depressão.

Naquele momento a vida era mais importante, motivo porque só agora, ao retornar à Capital acreana, decidi esclarecer tais notícias inverídicas. Sou uma cidadã honesta, trabalhadora, mãe de família, sem ficha criminal, acostumada a entrar nas delegacias desta cidade, apenas a trabalho, como é de conhecimento de toda a sociedade.

Exerço meu ofício de jornalista com profissionalismo e dignidade, motivo pelo qual não me contentei com uma graduação em Comunicação Social e busquei uma especialização na área. Não posso permitir e, Deus e a Justiça hão de me ajudar, que pessoas perversas, desprovidas de qualquer sentimento pelo ser humano, ataquem a minha honra e joguem na lama o nome da minha família.

Tenho mãe idosa. Os danos à saúde psíquica desta, da minha própria, de meus filhos e de outros membros da minha família, são irreparáveis, mas não vou abrir da responsabilização dos caluniadores na forma da lei. Já bem dizia Nélson Hungria:  “nenhuma contemplação merecem aqueles que, por ódio, despeito, rivalidade ou áspero prazer do mal, se fazem salteadores da honra alheia”.

Peço desculpa a todos pelo esclarecimento em forma de desabafo, mas ele se faz necessário para repor a verdade dos fatos e colocar freio na ação criminosa dessas pessoas, que a seu tempo serão intimadas para responder judicialmente por todo mal que estão fazendo a minha pessoa e a minha família.
Muito obrigada.

* Lenilda Cavalcante, jornalista.

Sair da versão mobile