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Sinergia e independência na busca do desenvolvimento

Joo-Fancisco-Salomo-2O exercício diário da democracia nos ensina ser fundamental pautar o relacionamento entre os setores público e privado pelos interesses maiores da sociedade, acima de quaisquer questões político-partidárias. Esse conceito tem prevalecido no Acre, favorecendo a sinergia entre o setor produtivo, o Estado e a União, no empreendimento de uma política coesa e eficaz de desenvolvimento.

A indústria, por exemplo, é um reflexo dessa situação positiva. É o setor que mais tem crescido na economia acreana, com ênfase para o segmento da construção civil, cujo contingente de mão-de-obra tem aumentado cerca de 7% ao ano. Já são 10 mil trabalhadores com carteira assinada. NO ano de 2009, marcado por uma das mais graves crises da história do capitalismo, o PIB industrial do Estado teve expansão de 18,9%. Trata-se, sem dúvida, de uma performance bastante expressiva.

Além da pujança conjuntural da construção civil, incluindo infraestrutura, como as obras do trecho da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, as perspectivas para a indústria acreana como um todo são muito positivas. Os investimentos que viabilizaram o novo Parque Indus-trial, relativos à instalação de dezenas de empresas, já resultaram na criação de dois mil empregos e um faturamento de R$ 120 milhões anuais.

Outro fator de estímulo à economia estadual é a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), instituída oficialmente por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se do mais arrojado passo para o desenvolvimento industrial, pois contempla tratamento fiscal, cambial e administrativo diferenciado às empresas exportadoras. Com o tempo, o Acre poderá tornar-se um novo e importante pólo de exportação, inclusive atraindo empresas interessadas nos diferenciais competitivos especiais oferecidos por uma ZPE que, em breve, terá ligação direta com os portos do Oceano Pacífico (está prestes a ser inaugurada a Rodovia Transoceânica, que ligará Rio Branco à área litorânea do Peru).

Nosso Estado também saiu na frente no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Territorial CNI-BID (Confederação Nacional da Indústria e Banco Interamericano de Desenvolvimento), tendo a primeira proposta do País a ser aprovada: a do Plano de Negócios da Cooperfloresta. Além disso, estamos plenamente integrados ao Projeto Norte Competitivo, que tem o propósito de estabelecer um novo e eficaz sistema logístico e de transportes, de modo integrado, para os nove estados da região.

Mais do que nunca, nosso Estado vivencia um momento importante em sua agenda de desenvolvimento, marcado por forte processo de industrialização. A Fieac tem sido protagonista em todo esse processo. Sempre em defesa da indústria, da prosperidade e dos interesses maiores da sociedade e dos setores produtivos, tem interagido com o poder público de modo independente, apoiando os bons projetos, sempre com o olhar voltado para o presente e o futuro da economia acreana.

*João Francisco Salomão é o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre — FIEAC (salomao@fieac.org.br).

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