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Tarauacá e o Furo da Timbaúba

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
21/08/2010 - 04:20
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 O Rio Tarauacá é conhecido por duas características principais, quais sejam: o constante desbarrancamento e o grande volume de balseiros que, durante as cheias, são levados, rio abaixo, pela força das suas águas barrentas e revoltas. Com isso, durante a época invernosa, o mesmo está sempre acabando com ruas, destruindo casas, levando campos de pastagem e áreas cultivadas.

Por vários anos, a começar de quando eu ainda era menino, a população local lutou para frear a voracidade com que, nesse processo,   ele consumia boa parte da cidade, principalmente a rua em que ficava a força do comércio, servida por uma extensa ponte de madeira, com aproximadamente um quilômetro de comprimento, da qual, hoje, nada mais existe.

A idéia concebida, para resolver o problema, consistia na escavação de uma vala de mais ou menos dois metros de largura, na confrontação de uma grande e fechada curva do Rio Tarauacá, acima da cidade, ligando os dois rios – este último e o Muru-, por onde as águas do primeiro se-riam desviadas para o segundo, mudando, assim, a direção do seu curso, desviando-o da cidade.

A obra, que tomou o nome de “Furo da Timbaúba” – por se localizar nas proximidades de um sítio que tinha esse nome -, todos os anos, na época da estiagem, reunia, em clima de festa, dezenas de voluntários, os quais, munidos de picaretas, enxadas, carros de mão e outros apetrechos, passavam o dia nos trabalhos de escavação, na expectativa de que, com a chegada do inverno, o próprio rio, pela força de suas águas, completasse o serviço, aprofundando e alargando a vala, transformando-a, enfim, no seu novo leito.

Vários anos se passaram sem que houvesse qualquer resultado até que, no início dos anos cinqüenta, por ocasião de uma grande enchente, a obra deu,  finalmente, os primeiros sinais positivos, com a penetração das águas no canal, levando, no entanto, com elas os costumeiros balseiros. Como a largura da mesma fosse insuficiente, estes foram enganchando nas suas bordas, de tal sorte que, ao final do dia, já era grande a área por eles ocupada, enquanto as águas continuavam subindo e trazendo, cada vez mais, balseiros.

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Ao cabo de três dias, estes (os balseiros) já ocupavam uma área aproximada de cinqüenta mil metros quadrados e a enchente, por sua vez, começava a transbordar dos barrancos nas partes mais baixa da cidade.

Pela sua enorme dimensão, o fenômeno já preocupava as autoridades e a população, que se mantinham na expectativa de que, a qualquer momento, aquele mundo de balseiros se soltaria e, arrastado pela forte correnteza, invadiria a cidade, destruindo tudo que encontrasse pela frente. E não demorou muito para que ambas assistissem, de fato,  um grandioso e apavorante espetáculo, com toda aquela pausada se deslocando, veloz e ameaçadoramente.

Ao se chocar, com efeito, contra o barranco, os balseiros da frente, contendo paus com mais de trinta metros de comprimento, eram empurrados, cidade adentro, pelos da retaguarda e, num espetáculo dantesco, iam des-truindo e arrastando, barranco abaixo, todas as casas próximas à margem.      

Quando as águas baixaram, alguns dias depois, a população pôde ver, então, que o curso do rio havia tomado, efetivamente, outra direção, tal como a mesma desejara durante tantos anos, deixando a cidade livre dos desbarrancamentos. Esta, no entanto, havia perdido uma de suas mais atraentes belezas naturais: a linda praia que, anualmente, na confluência dos dois rios, bem à sua frente, formava uma bela ilha, não mais seria vista no próximo período da estiagem, e que também a confluência dos dois rios, outra beleza importante do lugar, deslocada que havia sido para cima, por nada menos de um quilômetro, deixava de se constituir no atrativo turístico que fora antes.

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