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Deco perde o gol da vitória, mas tem estreia promissora pela Fluminense

Deco ficou 19 minutos em campo. Perdeu a chance de sair do Maracanã como herói logo na estreia, mas teve uma atuação promissora. A oportunidade de dar a vitória ao Fluminense no clássico contra o Vasco veio aos 40 minutos do segundo tempo. Livre na marca do pênalti, o meia pegou muito mal na bola e chutou por cima do travessão. Mas o lance não ofuscou a estreia com a camisa tricolor, em que tentou alguns dribles e deu bons passes no empate por 2 a 2, neste domingo. O meia jogou pela primeira vez no palco mais tradicional do futebol brasileiro e saiu de campo explicando o lance que poderia ter garantido mais uma vitória para o líder do Brasileirão.

– (Minha estreia foi) Mais ou menos. Tive uma oportunidade boa e acabei perdendo. A bola veio rolando e eu peguei mal. Poderia ter marcado. Tive uma oportunidade e acabei perdendo. Foi diferente esse primeiro jogo. Tenho que me adaptar ainda ao futebol brasileiro – disse Deco ainda à beira do campo.

Muricy Ramalho não considerou “mais ou menos”. O treinador ficou animado com o que viu em campo. O treinador considera que Deco só precisa melhorar a parte física para começar como titular nas próximas partidas.

– O Deco entrou bem, passou bem. Um jogador da categoria dele não tem muito essa história de adaptação. Ele sabe muito. O que preocupa só mesmo é a parte muscular e física, porque a técnica ele conhece muito bem.

Um jogador da categoria dele não tem muito essa história de adaptação. Ele sabe muito. O que preocupa só mesmo é a parte muscular e física, porque a técnica ele conhece muito bem.”Muricy RamalhoNo lance que poderia decidir o jogo, Muricy Ramalho considera que algo atrapalhou o camisa 20 na hora da conclusão.

– Com a entrada do Deco e com o time ficando só com um volante a gente melhorou muito o passe. Procurei adiantar os dois. O Deco e o Conca jogaram mais para frente. Por pouco o Deco não fez o gol. Não sei se foi o campo irregular ou o que o atrapalhou. Ele mostrou realmente muita categoria no passe. Fiquei muito satisfeito pelo pouco tempo que ele jogou.

Ainda longe da melhor forma física, Deco começou a partida na reservas. O camisa 20 logo recebeu um abraço do amigo Carlos Alberto, que assim que entrou em campo com o Vasco se dirigiu ao banco tricolor para procurar o amigo dos tempos de Porto. O meia parecia controlar a ansiedade de entrar em campo.

– O Muricy sabe o momento certo de me colocar – disse o jogador antes de a bola rolar no Maracanã. – A festa está muito bonita. Já vi muita coisa na minha vida, mas isso é diferente – completou ao observar o mosaico que a torcida tricolor fazia na arquibancada.

O preparador físico Ronaldo Torres explicava como Deco deveria ser aproveitado na partida contra o Vasco.

– Ele está quase pronto. Vamos deixá-lo para o segundo tempo. Para 45 minutos ele consegue fácil jogar – disse.

No primeiro tempo, Deco ficou observando o jogo sentado no banco. Colocou a mão na cabeça em alguns momentos, vibrou em outros. Como no gol do zagueiro Gum. Junto com os companheiros, o camisa 20 foi até a lateral do campo comemorar.

Veio o segundo tempo. Deco se levantava do banco para ir aquecer com os companheiros quando Fagner fez o segundo gol e colocou o Vasco em vantagem. Atrás do gol de Fernando Henrique, o meia olhava fixo para o campo. Aguardava um chamado. E ele veio aos 26 minutos quando Diguinho se machucou. Quando saiu correndo em direção ao técnico Muricy Ramalho vieram os gritos da torcida tricolor.

– Ih, f… o Deco apareceu, ohh – gritavam os torcedores.

Deco escutou as instruções de Muricy Ramalho por quase um minuto. O treinador tentava mostrar o posicionamento que o meia deveria ter em campo. Com o pé direito, ele entrou em campo aos 29 minutos. Logo no primeiro lance, levou um drible de Carlos Alberto. Três minutos depois, tocou na bola. Deu um drible, mas errou o passe.

Pouco depois, um lance de habilidade em cima da Rafael Carioca que arrancou gritos dos torcedores. Com toques rápidos, Deco mostrou que pode ser um dos jogadores mais importantes do time em pouco tempo. Aos 40, a chance. O chute foi para fora. Mão na cabeça, lamentação. Não foi a estreia dos sonhos, mas deixou os tricolores esperançosos de que muitas alegrias ainda vão vir dos pés do camisa 20. (Globo Esporte)

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