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Acadêmicos protestam por qualidade de ensino e de estrutura física na Ufac

O pátio do bloco da reitoria/administração da Universidade Federal do Acre foi tomado na tarde de ontem, às 14h30, pela insatisfação de um grupo de mais de 300 acadêmicos de quase 10 cursos da instituição (Matemática, História, Geografia, Jornalismo, Letras em Inglês, em Francês, entre outros). Os estudantes fizeram uma série de denúncias e reivindicações envolvendo qualidade de Ensino, aplicação de recursos, quadro docente, estruturas físicas gerais e de adaptações para portadores de necessidades especiais (cadeirantes).
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Com os gritos de protesto de ‘queremos ter formação adequada’, ‘professores decentes’ e ‘tomem alguma providência já’, vários dos alunos no local discursaram sobre o que supostamente acontece de errado no seu curso. Para que o protesto não fosse em vão, eles solicitaram que toda a reitoria da universidade estivesse presente para ouvi-los.

Segundo Delvo Alex, do 6º período de História, há anos que os alunos reclamam (muito antes de ele chegar, em 2008), mas nada é feito a respeito. “A reitoria sempre nos enrola ou dá desculpas de que não pode melhorar as coisas por atrasos nas verbas, falta de orçamento, etc”, disse. Já Edson Pinheiro, do 2º período de Matemática, reclama que no seu curso faltam professores, os blocos e salas estão desestruturados, os ventiladores e quadros (lousas) não funcionam mais. “Até o piso da sala está inadequado”, completa.  

Entre outras indignações, destacam-se carência de professores substitutos, coordenação de cursos ágil, mapa de horários mais organizado, execução à risca de cargas horárias, professores mais capacitados e falta de estacionamento.

Ufac reconhece falhas, mas garante soluções – A reitora Olinda Batista tratou de ouvir todo protesto e foi a última a se pronunciar. Ela reconheceu alguns dos defeitos da Ufac, mas destacou também os avanços. Assim como afixou o compromisso de que, na medida do possível, a faculdade seguirá consertando o que está errado para melhorar a qualidade da instituição. De imediato, ela agendou um encontro amanhã, sexta (27), para mostrar as medidas que já podem ser tomadas logo para amenizar algumas das reivindicações.

De acordo com a Ascom da Ufac, logo após o protesto a reitora convocou uma reunião interna com os gestores da instituição, no sentido de analisá-lo. O episódio é visto como algo natural pela reitoria em face ao crescimento rápido da Ufac nos últimos 12 anos (de 20 para 43 cursos) e os princípios democráticos da livre expressão de opiniões.

“A Ufac já formou governadores e até uma candidata a presidente. Portanto, sabemos de nossas qualidades, tanto quanto das nossas insufi-ciências. O importante é continuarmos, como sempre, buscando as melhorias para um ensino de qualidade”, comenta o assessor João Petrolitano.    

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