O Governo do Acre, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, contratará empresa de consultoria para analisar as reduções das emissões de dióxido de carbono (CO2) do Acre. O valor do contrato é de R$ 750 mil.
A contratação faz parte do projeto Pagamento por Serviços Ambientais, que tem como objetivo investir em programas de produção sustentáveis para evitar a “pecuarização” da BR-364 até Cruzeiro do Sul. Seis grandes áreas foram escolhidas ao longo da rodovia, totalizando quase seis milhões de hectares.
Intitulado PSA-Carbono, o projeto tem como objetivo tornar o Acre competitivo no futuro mercado de carbono, no qual governos e grandes empresas de países desenvolvidos pagam aos que evitam o desmatamento, com o conseqüente seqüestro de carbono.
O trabalho da empresa será calcular o quanto o Acre deixará de emitir dos gases poluentes e o quanto isso representará na quantidade de carbono, dentro de sua floresta. A partir desse cálculo o Estado poderá vender seu carbono nas bolsas de valores.
A implantação do PSA-Carbono nas seis áreas prioritárias terá um custo total de R$ 485 milhões. O Governo espera ter os recursos a partir de colaborações de Brasília, de países desenvolvidos e multinacionais interessadas no investimento.
Em todo Acre, estima-se que a redução das emissões chegue a 133 milhões de CO2 nessa década. Tendo como referência a atual cotação da tonelada de carbono no mercado (US$ 5), o Governo pode receber mais de US$ 300 milhões, ou pouco mais de R$ 600 milhões.
A implantação do PSA-Carbono está em discussão desde outubro do ano passado e foi apresentado pelo governador Binho Marques em Copenhague, durante a COP-15.