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Acreano muda de comportamento para fugir da violência

Conhecido pelo jeito cordial e alegre, o acreano está mudando de comportamento para fugir da violência que se instalou em Rio Branco nos últimos dias. A grande quantidade de assaltos seguidos de morte causa temor e revolta na sociedade.
O caso mais recente é o da empresária Janete Silva de Morais, 47, executada à queima-roupa com um tiro no peito por dois homens na porta da casa da mãe dela, no Bosque. O crime aconteceu na última segunda-feira (23) e deixou familiares e amigos inconsoláveis.
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No Centro da cidade, o clima é de insegurança. Pes-soas caminham apressadas, sobretudo nas proximidades das agências bancárias, temendo serem as próximas vítimas. “Não me sinto mais seguro nessa cidade”, desabafa o aposentado Valmir Manoel de Almeida, 69 anos.

Na opinião de Valmir, está faltando policiamento na cidade. O motorista oficial Wilson Araújo, 56 anos, pensa diferente. Acredita que o Acre ainda é o melhor lugar do mundo para se viver. “A polícia está presente nas ruas. A violência é uma realidade no Brasil inteiro, não podia ser diferente aqui”, observa.

A aposentada Maria do Socorro concorda com Seu Valmir. “Falta segurança, não podemos mais andar tranqüilos nas ruas”, declara. Segundo ela, a ida ao banco se tornou um verdadeiro pesadelo, em virtude da grande quantidade de bandidos rondando as agências. “Qualquer um pode ser a próxima vítima”, alerta.

A estudante Danila Carvalho, 21 anos, também teme o pior todas as vezes que vai até o centro comercial resolver algo. Sempre atenta, ela evita conversar com desconhecidos e mantém a bolsa sempre à vista. “Não trago nada de valor, só o necessário”, conta.

A dona-de-casa Isaura Mariano, 75 anos, não esconde sua insatisfação. “Temo ser mais uma vítima da insegurança que se instalou na cidade. Dizem que tem polícia suficiente nas ruas, então se isso é verdade está faltando planejamento adequado, como explicar então tanta vio-lência”, questiona.

O desportista Antônio Laudemir acredita que a partir de mais investimentos no serviço de inteligência das polícias será possível colocar um freio no grande número de assaltos. Ele também é favorável a integração das polícias. “A comunidade também deve fazer a sua parte e adotar algumas medidas preventivas”, completa.

 

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