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Bombeiros registram 80 ocorrências de animais por conta das queimadas

Problemas respiratórios, hospitais lotados, céu esfumaçado, nebulosidade, acidentes de trânsito e florestas desmatadas. Para se somar a todos estes distúrbios conseqüentes das queimadas, o Corpo de Bombeiros do Acre (CBM) registrou, desde 1º de junho até a manhã de ontem (10/08), um total de 80 ocorrências de animais silvestres invadindo as casas de Rio Branco. Os bichos estão se deslocando com maior freqüência para as áreas urbanas porque são expulsos de seu habitat natural por incêndios/fumaça nas florestas.

Entre os ‘invasores’, os bombeiros se deparam com cobras (maioria jibóias), preguiças, tamanduás e até jacarés. Segundo o ten-cel. Gundim, comandante operacional do CBM em Rio Branco, os animais são capturados em casas e locais comerciais e daí seguem às áreas distantes da civilização (exemplo: Km 17 a 20 da BR-364) para serem devolvidos ao meio ambiente. Até o momento, não houve acidentes de pessoas com estes animais.

Dividindo as 80 ocorrências do ‘verão’, foram 27 casos em junho, 39 casos em julho e 14 registros nos dez primeiros dias de agosto. A tendência é que neste mês o número de capturas siga em alta, superando até os 39 casos de julho. Conforme o ten-cel. Gundim, o aumento de aparição destes animais na cidade deve durar até o final das queimadas, o que só deve ocorrer na metade do mês de outubro (quando recomeçam as chuvas).

Ao se deparar com um animal silvestre destes em casa, quintal ou mesmo na vizinhança, o certo a fazer é chamar o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193 (Ciosp), para removê-lo com segurança. “No caso de ocorrer um acidente com eles, como a picada de cobra, por exemplo, é preciso chamar com urgência o Samu (192) e saber identificar o tipo de animal ou o local em que ele está. Assim, nós faremos a captura e o levaremos para a realização do devido tratamento (soro) no hospital”, comenta o ten-cel. Gundim.  

As áreas da cidade mais propensas a servir de rotas aos animais desorientados pelo fogo são as que ficam no entorno de matas e as que registram muitas queimadas/fumaça, tais como os bairros Calafate, Belo Jardim e Conj. Universitário. Os tipos que oferecem os maiores risco à população urbana são as cobras venenosas (jararaca e coral). 

 

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