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Com ajuda federal, Acre adota métodos sustentáveis de produção

O governo acreano e o federal assinaram na manhã de ontem convênios técnicos e financeiros que têm como objetivo fortalecer o modelo de produção agrícola sustentável do Estado. Depois de anos com métodos agressivos e poluentes, o Acre tenta levar ao campo práticas que incrementem a atual produção sem precisar derrubar novas áreas ou fazer o uso do fogo para renovar o solo.
Plano-safra
O governador Binho Marques e o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) chancelaram acordos para a transferência de recursos e equipamentos para fortalecer a agricultura familiar, hoje a principal fonte fornecedora de alimento no país. Segundo dados do Ministério, 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros têm como origem a pequena agricultura.   

“Toda a cadeia produtiva da agricultura familiar responde por 10% do nosso Produto Interno Bruto. Nós estamos falando de um setor econômico muito dinâmico, moderno e produtivo”, disse Cassel.

Para o ministro, medidas implementadas pelo Governo Federal nos últimos anos têm fortalecido esse segmento da economia. Uma delas é o Plano Safra, que tem como objetivo disponibilizar crédito de forma desburocratizada e com juros baixos aos pequenos e médios produtores. Até 2011, o governo disponibilizará R$ 15 bilhões ao setor.

Para que o agricultor tenha acesso a esses recursos, é necessário estar com a documentação da terra. Para isso, trabalho integrado entre órgãos estaduais e federais atua na regularização fundiária. Com uma verba de R$ 13,5 milhões, Incra e Iteracre (Instituto de Terras) vão fazer a medição, georreferenciamento e cadastro das famílias para que possam ter o reconhecimento legal de suas posses.

Já a produção de forma sustentável será feita através do acompanhamento direto do governo em assistência técnica. Ainda ontem, Binho san-cionou a Lei 2.272, que cria a Política Estadual de Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal Rural – Peater. Segundo o secretário Nilton Cosson (Seaprof), hoje o Estado tem mais de 2.000 famílias dentro do programa de certificação de produção sustentável.

Para o governador, atualmente a agricultura familiar vive uma nova fase no Estado. De situação de miséria, disse ele, hoje os produtores melhoram a cada dia suas condições de vida. “Na zona rural podemos ver motos, o agricultor comprando uma picape de segunda-mão”. “Saímos do êxodo para o êxito rural”, ponderou.       

 

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