Principais interessados pela construção do segundo linhão de transmissão que conectará o Acre ao SIN (Sistema Interligado Nacional), o Governo Estadual e a Eletrobras estão apenas à espera do crivo do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Am-biente) para o início das obras.
Em visita essa semana ao Estado, o presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz, disse que ontem haveria reunião em Brasília entre membros da Presidência da República para pressionar o órgão ambiental a dar um posicionamento. “Após a licença, em um ano concluiremos a segunda linha”, afirmou Muniz.
A construção do segundo linhão, como também é conhecido o sistema alternativo, será de responsabilidade da própria Eletrobras por meio da subsidiária Eletronorte. O presidente afirmou de forma convincente que, com a segunda linha, “os problemas vividos aqui [os apagões] desaparecerão”.
Quanto à qualidade da energia nos imóveis dos consumidores, dependerá de investimentos a serem feitos pela distribuidora, no caso a Eletro-acre. Muniz reconheceu que há problemas e apontou as soluções, como a construção de uma nova subestação na Capital, “o que estamos providenciando”.
Muniz disse que uma das causas que interferem na qualidade energética no Estado foi a ampliação da rede sem, contudo, haver investimentos para um fornecimento seguro. “Na hora que havia blackouts na zona rural acabava por ‘derrubar’ todo o sistema”, exemplificou.
A instalação de equipamentos tem permitido isolar a rede da zona rural para que falhas não prejudiquem o sistema no perímetro urbano.
O presidente da estatal disse que cobrará dos diretores no Estado a aplicação de recursos para garantir distribuição cada vez mais segura aos consumidores acreanos.