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Focos de calor do Acre ultrapassam a marca dos 1.000 neste final de semana

A frente fria deste final de semana pode não ter sido tão impactante para população, mas certamente agravou problemas ambientais. Beneficiadas pela baixa umidade relativa do ar e por fortes rajadas de vento, as queimadas locais (focos de calor) deram um salto de 26% (224 focos) nos últimos quatro dias, entre sexta (13) e ontem (16). Assim, o banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que o Estado já totaliza 1.085 focos neste ano, tendo ultrapassado a marca dos 1.000 desde domingo.
Folgo1708
Somente de domingo (15) para ontem (16), o Acre foi incendiado com 159 focos.

O município que mais registrou queimadas neste fim de semana, voltando novamente à liderança de ‘campeão do fogo’, foi Rio Branco, com 39 focos e 129 no total, seguido de perto pelo Quinari, que teve 26 queimas de sexta pra cá e já soma 126. Atrás na lista, seguem Sena (99), Rodrigues Alves (95), Feijó (76), Plácido (76), Bujari (73), Tarauacá (62), Porto Acre (56), Cruzeiro (54) e Acrelândia (52). Os outros estão abaixo de 50 focos.

Além de Rio Branco e Quinari, o final de semana teve como grandes incendiários Feijó (26 focos), Plácido (23), Rodrigues Alves (21) e Acrelândia (20). A grande ‘cortina’ de fumaça que domina o céu da Capital também é resultante da importação de fuligens de Rondônia (8.660 focos no ano), Amazonas (5.561), Mato Grosso (54.201) e da Bolívia.

Os números são preocupantes, tendo em vista que desde 2005 o Acre não vivia situação tão grave em relação às queimadas, apesar do Governo estadual já ter declarado estado de alerta ambiental contra o problema. Aliás, os cenários de fumaças entre os dois anos são parecidos (locais + externas), mas, é lógico, ainda não nas mesmas proporções.

Contra 1.085 queimas de 2010, há cinco anos o Inpe já mostrava, neste mesmo período, 5.847 focos de calor no Estado. Ou seja, este ano ainda perde mais de 5 vezes (539%) em comparação ao ‘ano catastrófico’ do fogo. Por outro lado, 2010 já tem o triplo de focos se comparado com agosto de 2006 (402), 2007 (411), 2008 (229) e de 2009 (96).

Para evitar uma nova catástrofe neste ano, as ações que estão sendo tomadas pelo poder público são: intensificação da fiscalização em todo o Estado, monitoramento na sala de situação, suspensão temporária das licenças ambientais, parcerias c/ federações e outras entidades para sensibilizar aos queimadores, campanha de mobilização na mídia, etc.

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