O artista plástico Jorge Rivasplata de La Cruz abre nesta terça-feira, (3), na Câmara dos Deputados, em Brasília, a exposição de sua autoria, Imagens da Revolução Acreana. O evento está marcado para as 17 horas com a presença de parlamentares acreanos, jornalistas e autoridades do Acre e Brasília. A exposição na capital federal foi um pedido feito pela bancada acreana.
Pintor, escultor, caricaturista, entalhador, ceramista, desenhista, professor de artes plásticas em sua própria Escola de Artes Rivasplata, em Rio Branco, o multifacetado artista peruano Jorge Rivasplata, há mais de vinte anos radicado no Estado do Acre, é considerado um amazônida das artes.
Não apenas pela prodigiosa qualidade de sua obra, o que ajudou a elevar o Acre à condição de Estado produtor de cultura plástica genuinamente regional, amazônica, cabocla e eclética. O que ressalta na obra do artista é sua condição de homem universal, cidadão do mundo; na condição de andino, adentrou com profundidade a alma acreana. Um homem que não apenas defende, mas vive, de fato, a integração, antevendo o futuro irmanado que deverá marcar o futuro do continente latino-americano.
De família humilde, ainda jovem despertou para a pintura, tendo recebido um prêmio aos 14 anos, mas somente aos 47 conseguiu abraçar definitivamente as artes plásticas. Anos depois conheceu o Acre, se apaixonou e os acreanos o recebeu de braços abertos, motivo do seu eterno entusiasmo, de sua trepidante atividade.
Rivas é, definitivamente, um homem apaixonado pela terra de Galvez e Plácido de Castro, ambos sobejamente retratados pelo mestre, talvez a sua melhor especialidade.
Sua formação acadêmica sofreu influência americana, peruana, boliviana e brasileira.
O artista já participou de mais de uma centena de exposições individuais e coletivas, em vários países; fundou, juntamente com outros artistas, associações de artistas plásticos em Rio Branco, Trinidad, Cobija e Riberalta, tendo possibilitado, através da associação, a outorga de bolsas para estudantes em artes plásticas na Universidade de Cuzco.
Recebeu varias condecorações, diplomas de honra ao mérito e certificados de várias instituições, em reconhecimento pelos inestimáveis serviços prestados à cultura regional.
A exposição Imagens da Revolução Acreana retrata parte da história do conflito armado entre Brasil e Bolívia, no início do século passado, pelo domínio de terras que hoje pertencem ao Acre. São 20 obras em óleo sobre tela que integram a coleção dos principais fatos e personagens da história do Acre. As obras originais são emolduradas em madeira de lei, entalhadas a mão, com dimensão de um metro e quarenta e cinco por um metro e noventa e cinco.
Todo o projeto é uma espécie de multimídia que traz 20 telas com imagens representativas da Revolução Acreana, publicação de um álbum iconográfico em duas versões: uma destinada aos estudantes de ensino de 1° e 2° graus tanto do sistema público como o privado e ao público interessado e a outra versão direcionada às autoridades locais, nacionais e internacionais. O objetivo do projeto é o de divulgar a história do Acre, por meio de fatos relevantes onde a repercussão da história contribuirá para reforçar a identidade do povo acreano.