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Juiz do Tribunal do Júri retoma instrução criminal do Caso Edna

O titular da Vara do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rio Branco, juiz Leandro Leri Gross, retomou ontem (20) a audiência de instrução criminal do processo que apura a morte da estudante Edna Maria Ambrósio, 23 anos, ferida a tiros de fuzil durante uma blitz de trânsito, no dia 25 de fevereiro deste ano.
Caso-Edna
O namorado da vítima, Jeremias Cavalcante de Souza, 21 anos, que na semana passada faltou a uma cirurgia agendada na Fundação Hospitalar para a retirada de um projétil, atendeu ao chamado da Justiça e compareceu no horário estabelecido. Jeremias responde ao processo na modalidade de homicídio culposo – quando não há intenção de matar.

Já os policiais Francisco Moreira e Moisés da Silva Costa – posto em liberdade na audiência anterior – são acusados de homicídio qualificado. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, partiu deles os disparos que mataram a estudante.
Uma das testemunhas arroladas pelo MPE não foi localizada e outra não foi intimada. O interrogatório começou pelos cinco policiais militares arrolados pelo juízo. Todos eles estavam presentes no dia da ocorrência e podem contribuir para o esclarecimento de alguns fatos ainda obscuros no processo.

Os depoimentos foram acompanhados de perto pelo promotor de Justiça, Adenilson de Souza e os advogados Silvano Santiago, Heitor Andrade Macedo, Evestrom Araújo Rodrigues e Sidney Lopes Ferreira. A mãe da estudante Edna Maria Ambrósio não apareceu.

Francisca Ramos, 52 anos, mãe de Jeremias, chegou poucos minutos após o início do interrogatório. Visivelmente abatida, ela depositou nas mãos de Deus o futuro do filho. “O senhor pode todas as coisas, sei que o meu filho é um homem bom e vai sair dessa”.

Em relação à atitude do filho em não comparecer a cirurgia agendada para a retirada da bala, ela disse que o motivo foi informado em juízo pelo advogado. Revela ainda não acreditar na existência do projétil. “Pra mim, não existe projétil nenhum. Acredito que a bala só feriu de raspão e saiu”, observa.

O CASO – Na noite do dia 25 de fevereiro deste ano, Edna seguia de motocicleta com o namorado Jeremias quando se depararam com uma blitz de trânsito na Rua Campo Grande, bairro Palheiral. O condutor não atendeu a ordem de pare, momento em que foram efetuados vários disparos em direção ao casal. Uma das balas de fuzil atingiu Edna pelas costas, transfixou o seu coração e foi se alojar no ombro de Jeremias. A estudante morreu no local, enquanto aguardava socorro médico.

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