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Diante da confirmação da DEN-4, saúde convocará grupo interministerial para discutir medidas de combate à dengue

 Diante da confirmação de três casos de vírus da dengue tipo 4 no país, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje (13) que discutirá com um grupo interministerial medidas adicionais para “qualificar o controle”.

Segundo Temporão, alguns estados tiveram alta prevalência de casos de dengue neste ano e podem voltar a preocupar no próximo verão, quando sobem os registros da doença. São eles: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, além de municípios paulistas.

De acordo com Temporão, só a pasta investe R$ 1 bilhão no combate a dengue, em educação de profissionais e no atendimento aos pacientes infectados. “O trabalho não para. O país está preparado para enfrentar uma hipotética circulação do vírus 4 no próximo verão”, reforçou.

Perguntado sobre a atuação da vigilância epidemiológica nas fronteiras, pois há suspeita de que o vírus do tipo 4 identificado em Roraima tenha vindo da Venezuela, o ministro informou que já é feito um trabalho de controle, inclusive, “de visita casa a casa” no estado. (Agência Brasil)

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 O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, não descartou hoje (13) a ampliação da circulação do vírus da dengue tipo 4 no próximo verão. Depois da confirmação de três casos da doença, ontem (12) em Roraima, o ministro disse que “é preciso estar preparado” para qualquer possibilidade.

“A probabilidade de que o vírus possa circular não é 100% segura. O vírus pode ter um comportamento inesperado e não se expandir com a velocidade com a qual poderia se supor, mas ele pode, sim, circular pelo território nacional. Existem vários voos diretos de Roraima para São Paulo e outros estados. O que nós temos que fazer é nos preparar para, no próximo verão, termos uma redução drástica da presença do vetor.”

Temporão alerta que o brasileiro não tem imunidade à doença, que há 28 anos não era identificada no país e deve ter vindo da Venezuela. Segundo ele, como não é possível impedir a circulação de pessoas nas fronteiras, o trabalho será de combate ao mosquito transmissor da doença.

“A solução, já que não há uma vacina, é trabalhar duro para reduzir a presença do vetor no país”. O ministro informou que foi enviado alerta às secretarias estaduais e municipais de Saúde e que existe um esforço concentrado para impedir a circulação do vírus em Roraima.

“Temos que estar preparados para tudo. Para qualquer possibilidade”, acrescentou em entrevista à imprensa, após evento na Fundação Oswaldo Cruz. “A dengue só existe quando a prevalência do vetor é média ou alta. Quando é baixa, a probabilidade de surto é pequena”, completou.

Os sintomas do vírus da dengue tipo 4 são os mesmos das outras formas da doença, como dor de cabeça, no corpo, nas articulações, diarreia, vômito e febre. (Agência Brasil)


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Laboratório do Pará confirma três casos de dengue do Tipo 4 de Roraima

Agora é oficial! O Brasil tem novamente registros do 4º tipo sorológico da dengue, a DEN-4, após 28 anos desde sua erradicação (em 1982). O Instituto Evandro Chagas de Belém/PA (IEC) divulgou ontem a confirmação final para três dos quatro casos suspeitos de Boa Vista/Roraima, depois de exames de contraprova. Os resultados da quarta suspeita ainda estão sendo analisados pelo centro de análises de Belém.

Os possíveis casos de DEN-4 vêm sendo levantados em Boa Vista desde dia 30 do mês passado, quando os portadores foram identificados pelo Laboratório Central do Estado. O risco da ameaça em Roraima é grande devido às áreas de fronteira com a Venezuela (país que tem 4 tipos do vírus em circulação). Ao todo, o Lacen/RR enviou 19 amostras para o IEC (4 com confirmação prévia), dos quais 3 já foram constatados ontem.

Com ameaça concretizada, estados vizinhos (Acre) devem adotar medidas preventivas maiores contra a dengue a fim de evitar disseminação da DEN-4. Caso o tipo sorológico se espalhe, a população está não só suscetível a contraí-lo (mesmo quem já foi infectado pelos 3 tipos comuns), como também tem chances maiores de sofrer efeitos agravantes da doença (com complicações e/ou com hemorragias). Para Rio Branco, a Vigilância Epidemiológica estima que uma epidemia no próximo ‘inverno’ possa trazer o Tipo 4.

 

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