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MPE ouve explicação das operadoras de telefonia sobre ‘apagões’ no Juruá

O Ministério Público do Estado do Acre recebeu ontem, 13, representantes das operadoras de telefonia Oi e Vivo, que expuseram os motivos dos constantes ‘apagões’ que vêm ocorrendo na região do Juruá.

Segundo Marcelo Campos, representante da operadora Oi, nesse período de intensificação das obras na BR-364 o rompimento da fibra óptica é potencializada pelo grande volume de máquinas e movimento de caminhões. A fibra óptica que atende os serviços de telefonia da região segue pelos postes, e é susceptível a fogo, tombamento de postes, queda de árvores, acidentes de trânsito e até mesmo ao vandalismo. “A dificuldade de acesso à estrada é outro fator que amplia a demora nos reparos dos equipamentos”, completa Campos.

A empresa Vivo mantém um contrato com a Oi e usa a mesma fibra óptica para operar principalmente no sistema 3G para região, apesar da operadora contar com o sistema de satélites para prover a telefonia em caso de eventuais suspensões do sinal através da fibra óptica, é inviável prover o sinal de internet 3G via satélite, afirmou Carlos Akira, da empresa Vivo.

Alessandra Marques, promotora de defesa do consumidor, disse que “o consumidor tem o direito de saber, porque os serviços foram interrompidos”, segundo a promotora é essencial à empresa manter o diálogo com o consumidor, a fim de evitar as demandas judiciais, “a transparência nas relações de consumo são essenciais para evitar o desgaste”, completou.

Rodrigo Fontoura, promotor de direitos difusos, solicitou que os representantes das operadoras se desloquem até Cruzeiro do Sul e apresentam esses argumentos à imprensa, apresentando às dificuldades que as empresas têm em prestar o serviço na região, especialmente nesse período de obras, a fim de manter o consumidor informado das causas das interrupções e dos prazos para restabelecimento dos serviços.

As empresas se comprometeram em 30 dias encaminhar propostas que visem mitigar os impactos das constantes interrupções dos serviços de telefonia e internet à Promotoria de Defesa do Consumidor e a Promotoria de Direitos Difusos de Cruzeiro do Sul. (Ascom MPE)

 

 

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