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Nível do Madeira já dificulta a travessia para o Acre

O baixo nível do Rio Madeira já dificulta a travessia por balsa para o Acre. Por conta do pouco volume de água, agora as embarcações precisam se revezar e diminuir o peso bruto para evitar encalhamentos. As duas balsas que operavam simultaneamente agora se intercalam. Com isso, o tempo da travessia triplicou. Em alguns casos a demora pode chegar a uma hora e meia.

A medição mais recente da Delegacia Fluvial de Porto Velho aponta um nível de 4,46 metros. No mesmo período do ano passado, estava acima dos oito metros. As dificuldades da travessia também atrasam a chegada de produtos ao Acre. Sem previsão de chuvas para os próximos dias, a tendência é que a vazante continue.

Desde a construção da BR-364 no trecho que interliga os dois Estados, na década de 1980, o Acre sempre ficou vulnerável ao sobe-e-desce do Madeira. Por vezes, a população sofreu com o desabastecimento de combustíveis e até de alimentos.

Sem poder transportar muito peso, as embarcações levavam os veículos a conta-gotas para evitar de ficar encalhadas. Com isso, o tempo de chegada ao Estado aumentava, causando sérios prejuízos. 

Outro problema é o aumento dos custos com o transporte que sobem por conta da travessia pela balsa. A falta de uma ponte é apontada como um dos gargalos para o desenvolvimento do Acre. A falta de uma estrutura compromete a rota da Estrada do Pacífico, que interligará o Brasil aos portos peruanos no Oceano Pacífico.

Várias foram as promessas políticas em torno da obra que tiraria o Acre do isolamento. Em março, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) anunciou a abertura de licitação para contratar o consórcio que ficaria responsável pela construção da ponte. Orçada em R$ 160 milhões, ela tinha previsão de construção já neste segundo semestre e com conclusão para 2012.   

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