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Poucos recursos e muita demanda levaram Arthur a pedir demissão

O excesso de trabalho e a pouca disponibilidade de recursos levaram o engenheiro agrônomo Arthur Leite a pedir demissão da chefia da Semeia (Secretaria Municipal de Meio Ambiente). A afirmação é do próprio prefeito Raimundo Angelim, que ontem falou sobre o assunto. “Rio Branco, assim como os demais municípios, têm restrições financeiras por conta da queda dos repasses do FPM”, disse Angelim À GAZETA.
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Ele afirmou ter aceitado o pedido de demissão com tranqüilidade e compreender a posição do ex-secretário. Por enquanto, a pasta é ocupada pelo secretário de Agricultura, Jorge Fadel. “Estou analisando os nomes disponíveis e conversando. Até a próxima terça-feira indicarei o secretário ou secretária”, garantiu. Angelim teve uma conversa de mais de duas horas para tentar convencer seu assistente da área ambiental a ficar.

O prefeito fez questão de reconhecer o trabalho desenvolvido por Arthur. “Quando ele assumiu era uma gerência e a transformamos em secretaria. Tínhamos um orçamento de R$ 200 mil e fomos para R$ 2 milhões”.

Esse mesmo crescimento aconteceu em todas as pastas, o que acabou comprometendo as finanças.

Entre os trabalhos de Arthur Leite destacados pelo prefeito estão a recuperação do Horto Florestal e do Parque Ambiental Chico Mendes. Arthur estava à frente da Semeia desde 2004 e enfrentou várias pressões, mas sempre com o apoio direto do Angelim.  

Dependente dos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), a prefeitura viu seu caixa se esvaziar em 2008 e 2009 por conta da crise financeira, que diminuiu a distribuição dos recursos federais entre as prefeituras. 

“Nós temos restrições de toda ordem. A prefeitura cresceu muito se comparada a quando assumi; temos o dobro de atividades”, declarou.

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