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Processo contra empresários denunciados no Caso Abib Cury é retirado de pauta

A audiência de instrução e julgamento dos empresários Luiz Figueiredo e Pedro Lustosa, denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por suposto envolvimento na morte do médico Abib Cury, não será mais rea-lizada neste mês de agosto, como havia sido anteriormente agendada. Os réus, que chegaram a ser presos preventivamente em 2008, acompanham o processo em liberdade e têm colaborado com as investigações.

De acordo com certidão expedida pela escrivania da 2ª Vara Criminal, os autos foram retirados da pauta do mês de agosto em virtude da falta de tempo hábil para elaboração dos mandados e carta precatória necessários. Por esse motivo, será resignada nova data para a realização do ato.

O processo que apura a morte de Abib Cury está em aberto desde 2006, mas Pedro e Luiz só passaram a figurar como réus na Ação Penal promovida pelo MPE, em 2008,  depois que o pistoleiro de aluguel Martini Martiniano de Oliveira – encontrado morto no presídio de segurança máxima do Acre no dia 7 abril do ano passado – os apontou como mandantes do crime.

Segundo o depoimento prestado pelo pistoleiro em juí-zo, a ordem inicial era retirar da casa do médico documentos que comprovavam a participação dos empresários num forte esquema de agiotagem. Denunciou também que os acusados teriam dívidas altíssimas com Abib Cury e esta-riam tendo dificuldade de manter os pagamentos.

De acordo Martini, o plano teve que ser mudado em virtude da vítima ter apresentado uma parada cardíaca no momento da invasão. A partir do contato com um dos empresários, ele declarou ter recebido a ordem para se livrar do corpo, que acabou carbonizado numa estrada próxima de Rio Branco.

Em audiência realizada em 22 de abril do ano passado, a viúva de Martini, Maria do Carmo Carlos Marinho, foi ouvida como informante do juízo a pedido do MPE. Ela disse que não conhecia os empresários e que nunca conversou com o marido sobre algum crime no Acre.

Já Genival da Silva, o Juruna – o único condenado no processo até agora, com pena fixada em 25 anos e oito meses de reclusão e 93 dias multa – informou na mesma audiência que Martini estava louco quando citou o nome dele.

Disse ter tido apenas dois contados com ele. O primeiro foi para levar mercadoria de Martini até Porto Velho. Depois vendeu um terreno que foi pago com cheques de Abib Cury. Também declarou não conhecer os empresários acusados pelo pistoleiro.

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