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Regiões do Estado com agropecuária consolidada centralizam focos de calor

As regiões do Acre onde a agropecuária está economicamente consolidada concentram mais da metade dos focos de calor registrado no Acre nos últimos dias. É o que mostram as imagens do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial). Concentrando 72% de todo o desmatamento, os municípios do Alto e Baixo Acre lideram o ranking dos focos.

Até a última segunda-feira (9) foram registrados 217 focos de calor em todo o Estado em agosto. Bujari (41), Plácido de Castro (37), Senador Guiomard (22) e Acrelândia (13) ficam entre os primeiros. São esses os municípios onde a agropecuária acreana está mais forte, com quase a totalidade do rebanho bovino.

Também conhecido por Leste acreano, essa região já é tradicional em concentrar os focos de calor. O fogo é usado por pequenos, médios e grandes produtores para “limpar” o pasto, método arcaico que continua em vigor no método de produção local. Com o tempo seco, pequenas queimadas acabam virando catástrofes ambientais, com o fogo invadindo a floresta.

Em 2005, ano da pior seca, essa também foi a região mais problemática. Entre quatro e oito de agosto, o Inpe registrava 1.576 focos. Plácido de Castro (221), Senador Guio-mard (195), Rio Branco (182), Acrelândia (159) e Bujari (119) mais uma vez protagonizaram as estatísticas.

Naquele ano, além de pastagens, mais de 400 mil hectares de florestas também foram afetados. Vizinha de áreas produtivas, a Reserva Extrativista Chico Mendes (que engloba o Alto Acre, Baixo Acre e Purus) foi seriamente afetada.

Segundo as análises de órgãos estaduais, o risco de incêndios na região “pecuarizada” para os próximos dias é de nível crítico. Mas outras regiões verdes também não estão livres do fogo. No Purus e Tarauacá-Envira o risco é crítico.       

 

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