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Saerb vai recorrer ao MPE para punir autores de ligações clandestinas de água

O Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) vai recorrer ao Ministério Público Estadual (MPE) para punir os autores de ligações clandestinas de água. De acordo com o diretor-presidente da autarquia, Semy Ferraz, a água que está faltando nas torneiras está sendo desviada para poços, que neste período do ano secam em virtude do rigor do verão amazônico.
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O pedido de intervenção do MPE será subsidiado por relatório, onde o Saerb expõe farto material fotográfico dos flagrantes realizados pela fiscalização. A maioria dos casos está relacionada a consumidores que havia pedido a interrupção do fornecimento. Com a seca dos poços, eles buscam uma alternativa que atenta contra toda a coletividade: o desvio de água tratada.

O material fornecido deve servir de base para abertura de Procedimento Administrativo Preliminar e futura propositura de Ação Penal Pública, na tentativa de punir os prováveis culpados. Com a medida, o Saerb acredita ser possível conter o grande desperdício registrado na Capital.

Não bastasse, apenas 10% da água lançada em poços é aproveitada. Os 90% restante se infiltram no solo. Semy alerta também que os produtos químicos utilizados no tratamento da água do Saerb podem prejudicar o processo de captação de água das chuvas no período ‘invernoso’. Ou seja, o abastecimento natural do poço ficaria comprometido.

As estatísticas do Serviço de Água e Esgoto da Capital revelam que, atualmente, são disponibilizados um total de 86 milhões de litros de água por dia para um total de 44 mil consumidores, o que corresponde a dois mil litros de água por dia por ligação. A captação é de 100 mil litros por segundo.

Os bairros mais prejudicados com o desvio de água são os localizados na parte alta da cidade, como Jorge Lavocat, Laélia Alcântara e Montanhês. “As bombas ativadas para encher os poços impedem que a água suba e atenda os consumidores da parte alta”, observa Ferraz.

Nível do Rio Acre cai para 1,98m
O nível do Rio Acre voltou a registrar baixa ontem (19), caindo de 1,99m no dia anterior para 1,98m. A preo-cupação do Saerb é que alcance a cota de 1,64m, como ocorreu no ano de 2005, uma das piores secas já registradas no Estado.

De acordo com monitoramente diário feito pela Defesa Civil, nas cidades de Brasiléia e Epitaciolândia o nível é de 1,40m. O Riozinho do Rola está medindo 1,01m. Na Capital, a seca expõe uma grande quantidade de galhos de árvores arrastados durante o período de cheia. A navegação neste período do ano também fica comprometida.

 

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