Os funcionários da Gol Linhas Aéreas anunciaram a suspensão geral de todas as suas atividades durante 24h, na sexta-feira da próxima semana, dia 13 de agosto. A razão do indicativo grevista é a insatisfação dos servidores para com as condições trabalhistas oferecidas pela empresa.
Eles reivindicam desde aumentos salariais e o fim da extensa carga horária até a obtenção imediata de planos de saúde e a adoção de providências contra casos explícitos de assédio moral (em especial, sobre aeromoças).
Para resolver tais problemas, os servidores cobram da Gol um acordo completo para a convenção e regulamentação profissional de suas funções, redefinindo precisamente os seus benefícios, remunerações e condições trabalhistas.
De acordo com um membro do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA, apoiador da paralisação), a Gol não emitiu nenhuma resposta para o pedido de acordo dos seus trabalhadores, até a tarde de ontem.
Segundo a presidente do mesmo sindicato, Selma Balbino, a paralisação é um reflexo de problemas internos da Gol e da demora do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Agência Nacional em Aviação Civil (Anac) em fiscalizar as companhias aéreas.
De acordo com ela, há mais de dois meses o SNA tenta negociar as melhorias com setor de RH da Gol, mas não consegue nenhum tipo de avanço. Tal estagnação nos diálogos gerou a insatisfação dos servidores, já que a empresa é uma das mais progressistas do ramo, com lucros reais que somam quase R$ 1 milhão somente no último ano (2009).