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Taxistas e moto-taxistas aguardam ansiosos por TAC que põe ponto final em clandestinos

Há mais de dois anos, os taxistas e moto-taxistas vêm lutando juntos para acabar com o transporte clandestino na cidade. Foram mais de 30 reuniões com autoridades e parecia que tudo estava encaminhado.

Ontem, os sindicatos das duas categorias iriam assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os principais órgãos de fiscalização de trânsito (Rbtrans, Detran, Secretaria de Segurança Pública e MPE), a fim de acabar de vez com a prática ilegal na cidade. Seria  o ponto final para a questão, mas não foi!

Pela falta das entidades fiscalizadoras, a reunião foi remarcada para a próxima segunda (9), deixando ambas as classes bastante insatisfeitas com os atrasos no TAC.

Ansiosos, mas cansados de esperar, os 517 moto-taxistas permissionários (mais 230 auxiliares) e os 600 taxistas (mais 1.200 auxiliares) rio-branquenses já planejam, caso o termo não seja assinado (ou ao menos assegurado na nova reunião), promover uma série de protestos na semana que vem, pelo Centro da Capital, para reivindicar o atraso.

De acordo com Pedro Mourão, presidente do Sindicato dos Condutores de Moto-táxi da Capital (Sindmoto), a assinatura do TAC ontem havia sido garantida pela última reunião com os fiscalizadores (18 de julho). O termo é a última e mais importante medida para enrijecer a fiscalização dos chamados ‘pirangueiros’ (que somam cerca de 300 em moto-táxis e cerca de 150 em táxis) e, praticamente, extinguir o serviço em Rio Branco.

“Por isso, havia tanta esperança. Esperávamos que a essa altura o problema já estivesse resolvido, mas em vez disso temos de levar à categoria a notícia de que a reunião do TAC foi adiada. Estamos bem frustrados com tal atraso, que já dura anos”, comenta Pedro. 

Quem reafirma o descontentamento é Teonísio Bonfim, presidente do Sindicato dos Taxistas e Condutores Autônomos do Acre (Sintcac – que também engloba os táxis frentistas de transporte intermunicipal). Segundo ele, quanto mais se prolonga a regulamentação do TAC, mais cresce na Capital o número de clandestinos. Daí, a pressa das categorias.

“A prática é ilegal, mas até hoje há certo ‘corpo-mole’ na fiscalização. Queremos o fim disso. Que os clandestinos sejam autuados e parem de atuar. Para tanto, precisamos das garantias do TAC. Se ele não sair logo, aí teremos que tomar uma atitude mais enérgica para cobrá-lo. Não queremos prejudicar ninguém e sabemos que protestos no Centro seriam caóticos, mas não podemos deixar o problema se arrastar ainda mais”, completa.

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