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Vigilantes ameaçam parar no sistema bancário caso não haja negociação

O sistema bancário do Estado pode ser penalizado caso patrões e trabalhadores das empresas que transportam valores não cheguem a um acordo em relação a uma dívida avaliada em R$ 2 milhões, referente à gratificação do intervalo intrajornada que não vem sendo paga há cinco anos. Se os vigilantes cruzarem os braços, o desabastecimento das instituições financeiras será inevitável.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Acre, Arnaldo da Silva Matos, não descarta uma paralisação, mas assegura que no momento vai buscar reforço judicial, via propositura de uma ação trabalhista coletiva. A idéia é forçar os patrões a um acordo para resolver o problema de forma definitiva.

Segundo Arnaldo, das quatro empresas que exploram o ramo no Estado, apenas uma se dispôs a fazer o pagamento sem a necessidade de ajuizar uma ação trabalhista ou partir para medidas mais radicais, como a greve. Trata-se da Estação Vip. A direção da empresa assegurou que vai sanar o débito com seus trabalhadores.

Atualmente, existem 1.226 vigilantes atuando no Acre. Todos estão sendo convocados para assembléias gerais que serão realizadas nos dias 9 e 10 de agosto, a partir das 18h30min, na Concha Acústica do Parque da Maternidade. O assunto principal da pauta é o pagamento da intrajornada.

Depois de tentativas frustradas de acordo, Arnaldo diz que chegou a hora de dar uma resposta aos patrões. “Já passamos por quatro rodadas de negociações sem sucesso. Não podemos mais tolerar esse descaso calados”, observa.

Caberá à assembléia geral decidir se, além da ação judicial, a categoria vai adotar outras medidas para pressionar os patrões a negociar. “O sindicato existe para defender os trabalhadores e é isso que nós vamos fazer”, assegura Arnaldo.

Manifestação de repúdio – Na manhã de terça-feira (10), o Sindicato dos Vigilantes promove uma manifestação de repúdio na frente da sede do Grupo Protege – antiga Transeguro. De acordo com Arnaldo, o ato é uma resposta à forma antiética e antidemocrática que a direção tratou a diretoria do sindicato durante a última visita feita à empresa.

“Estivemos na empresa com o intuito de convocar os nossos filiados para as assembléias da próxima semana e além de sermos proibidos de permanecer no local, ainda fomos ameaçados com a polícia. Isso não pode continuar a acontecer”, protestou.

 

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