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Funcionários roubavam cimento usado na ponte sobre o Rio Juruá

O principal suspeito pelo furto do cimento é um funcionário responsável pelo almoxarifado da empresa Camter, que gerencia o Consórcio Alto Juruá e que executa a construção da ponte. O esquema para o desvio do cimento supostamente girava entre o funcionário da Camter, José Mario Souza Neto, 21 anos, e Antônio  Nascimento da Silva, 26 anos, funcionário de outra construtora na cidade. Os dois foram presos em um flagrante preparado pela direção do consórcio, que suspeitou do furto.

Eles começaram a desconfiar que estivessem sendo roubados após uma denúncia feita pelo vigilante. O segurança informou que uma caminhonete teria saído dos depósitos da empresa na noite de sexta-feira (6) com 50 sacas de cimento. Pressionado, o chefe do almoxarifado confessou que tinha vendido as sacas do produto por R$ 800 para Antônio Nascimento que é motorista da empresa Equipitec, que também executa obras do governo.

A direção do Consórcio Alto Juruá convenceu o chefe do almoxarifado a fazer uma nova venda de cimento. Sem saber que já estava sendo monitorado, o receptador usou a caminhonete da Empresa Equiptec e foi ao depósito onde negociou e embarcou 40 sacas de cimento. A Polícia Militar já aguardava na saída.

Segundo o sargento Rosevaldo, comandante da guarnição da Polícia Militar que efetuou a prisão dos acusados, a direção do consórcio informou que já vinha percebendo o desfalque no estoque de cimento e suspeitava que cerca de 5 mil sacas do produto tenham sido furtadas.  Na delegacia, Antônio Nascimento da Silva, acusado de receptação, confirmou a compra do cimento.

O delegado Vinicius Almeida instaurou inquérito para apurar o furto e explicou que a prisão dos acusado não se caracteriza como flagrante, já que foi planejada pela direção da empresa. O delegado constatou ainda que o cimento estava sendo utilizado na construção da casa do receptador. (Francisco Rocha – Tribuna do Juruá) 

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