Em sua palestra esta quinta-feira à noite na Federação das Indústrias do Acre (Fieac) para empresários locais, o candidato da oposição a Governo,Tião Bocalom(PSDB), apresentou seu plano de Governo como linha mestra da administração que pretende fazer no Acre a partir de 1 de janeiro.
O documento prioriza a retomada da produção rural,com ênfase na plantação de gêneros de primeira necessidade, como forma de baratear os produtos,diversificar ao máximo a oferta e dar mais oportunidade de compra aos mais pobres.
Para o candidato, é absurdo hoje o acreano comprar arroz de São Paulo,feijão do Rio Grande do Sul e milho do Mato Grosso,”enquanto o meio rural local passa por uma de suas maiores crises por falta absoluta de investimentos num Estado que possui uma das terras mais férteis do país”.
Bocalom não poupou críticas ao Governo estadual.Cobrou promessas como os 40 mil empregos , a construção das 20 mil habitações populares e a saúde de 1° Mundo,”que hoje aliás é a maior preocupação do acreano quando tem algum problema de saúde na família”.
E lembrou ainda que hoje o Acre possui nada menos que 60 mil famílias abaixo da linha de pobreza e uma legião de jovens desempregados que chegam ao mercado de trabalho sem qualquer perspectiva.
Bocalom apontou a produção como única forma de tirar o Estado do engessamento econômico que hoje se encontra e alertou que o Estado precisa encontrar formas de gerar emprego e renda,”sob pena de ver sua população, em especial os mais jovens,mergulhar no subemprego ou na marginalidade”.
Ao responder as indagações, Bocalom se comprometeu em estudar a solicitação de um empresário que pediu a diminuição do ICMS para a energia industrial. A prática já é realizada em Rondônia e outros Estados da Federação como forma de atração de indústrias para regiões mais distantes.
O candidato disse ainda que em seu Governo a recém-criada Zona de Processamento e Exportação (ZPE) vai ter todo o apoio necessário,”mas é evidente que vamos buscar outras formas de atração de indústrias,mais compatíveis com a nossa realidade e a realidade de mercado”. E destacou que vai criar a Controladoria Geral do Estado,como forma de dar maior transparência e publicidade as ações de Estado,”possibilitando o acompanhamento por toda a população”.
Quinari
Já na manhã de sexta-feira, Bocalom fez um corpo a corpo no comércio do Quinari, juntamente com Solange Pascoal,vice-prefeita e candidata a deputada federal pelo PMN.Ao conversar com comerciantes e a população em geral,Bocalom ressaltou a necessidade da Coligação fazer os 2 senadores,”que com toda a certeza vão facilitar um Governo de mudança, que vai valorizar o homem,suas necessidades e expectativas”.
Em suas andanças pelas ruas do Quinari, Bocalom conheceu seu José Schuta,um aposentado paranaense proprietário de um conhecido alambique local.Seu José, como é mais conhecido, disse que teve que fechar seu alambique artesanal,”pela perseguição da burocracia acreana, que começou a fazer exigências descabíveis para um negócio tão simplificado”.Para Bocalom,é mais um exemplo dos absurdos cometidos no Acre,”o que acaba afugentando quem pretende produzir aqui”.
Petecão
Em sua peregrinação pelo Vale do Juruá ,o candidato a Senado Federal, Sérgio Petecão (PMN) vem defendendo a implantação do Plano de Governo da Coligação como forma de resgatar a produção e geração de riquezas.
O candidato disse que a retomada da produção de gêneros de primeira necessidade pode, a curto prazo, ser o pontapé inicial da produção e industrialização em larga escala no campo de produtos paralelos como a mandioca, o coco e o café orgânico. Para Petecão, o interior é quem mais sofreu com a paralisação da produção rural e o inevitável encarecimento dos produtos que passaram a serem comprados fora do Estado.”As dificuldades e o empobrecimento do pequeno produtor vieram juntos com o abandono dos antigos seringais, gerando um êxodo rural de conseqüências horríveis”. De acordo com o candidato, é chegada a hora de investir novamente no campo até mesmo para compensar a ausência,por anos a fio, de uma política para o setor.
Petecão lembrou ainda que o interior acreano só vai se beneficiar com o novo Plano de Governo.Segundo ele,o documento contempla ainda a criação de um fundo de crédito ao agricultor familiar ,com juros zero e sem consulta ao Serasa e SPC.
Trata-se de um fundo com recursos próprios do Estado para investimentos de pequenos valores liberados através da assistência técnica.”São recursos limitados, mas de alto valor para o pequeno produtor que vai ter todas as facilidades para quitar seu débito e renovar empréstimos”.
Petecão finalizou dizendo que o Plano pretende trazer o Ibama e Imac para suas atribuições originais de educadores e facilitadores e não de repressores como são hoje. (Assessoria)