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João Correia: “tenho a ficha limpa”

O susto já passou. Por conta de articulações partidárias, o PSC indicou um candidato à primeira suplência de João Correia (PMDB) sem filiação partidária. Isso fez com que o TRE indeferisse a candidatura ao Senado do peemedebista.

No entanto, o problema foi resolvido ontem, com a substituição por outro nome.

“Houve uma negligência ou falta de diligência do partido que apresentou o suplente.

Qualquer cidadão pode votar. Mas para ser votado tem que ter filiação partidária.

A chapa foi indeferida e virou notícia nacional. Me chamaram de ficha suja, quando, na verdade, eu e o meu segundo suplente do PTdoB temos as nossas fichas limpas.

Para fazer a substituição vamos fazer a varredura do nome que o PSC indicar para não haver mais problemas”, justificou.

João Correia garante que o contratempo não atrapalhou o ritmo da sua campanha. “A minha candidatura continua normalmente. Estou visitando todos os municípios possíveis.

Estive esses dias no Alto Acre conversando com a população. Não existe nenhum tipo de impedimento em relação ao meu nome”, explicou.

Indagado se houve rumores de que os problemas com a sua chapa ao Senado teriam relações ao “Escândalo das Ambulâncias”, João Correia, foi veemente. “Fui julgado pela Comissão de Ética da Câmara depois de fazer greve de fome.

Tive 11 votos favoráveis que me inocentaram, inclusive, do presidente da CPI, Carlos Biscaia (PT-RJ). Estou com a ficha limpa no TRE.

Na época, o senador Sibá Machado (PT-AC) e o deputado federal, Nílson Mourão (PT-AC), deram apoio para que acontecesse o meu julgamento. Só o relator do processo, o deputado Anselmo (PT-RO), foi influenciado por forças obscuras e votou contra a minha absolvição”, declarou.

A lei da Ficha Limpa
Para o candidato ao Senado, apesar de não estar sendo afetado pela lei, a Ficha Limpa, tem algumas contradições perigosas. “Acho a lei muito ruim porque atenta contra a nossa Constituição.

A questão da anterioridade penal está explícita e demonstra a infantilidade da democracia nacional. Tanto o legislativo, o executivo quanto o judiciário não cumpriram com seus papéis adequadamente em relação a essa lei”, disparou.

Pesquisas eleitorais
João Correia já apareceu em duas pesquisas de intenção de votos. Numa tinha 11% e na outra 7%. “Não contesto pesquisa eleitoral. O problema são as pesquisas no Acre porque estão submetidas à manipulação. Nos outros estados temos grandes institutos competindo entre si e ninguém quer errar.

Agora, mesmo que essas pesquisas fossem idôneas os candidatos que já tiveram candidaturas majoritárias levam vantagem por causa da memória eleitoral. Mas só teremos um quadro eleitoral verdadeiro depois que começarem os programas de rádio e TV.

Não haverá mais manipulação e as propostas apresentadas farão os eleitores acreanos refletirem sobre o que querem para o futuro do Estado”, finalizou.             

Categories: POLÍTICA
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