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Jorge Viana tenta mostrar na TV a importância da eleição de Dilma para os acreanos

Durante entrevista na TV Gazeta, na terça à noite, o candidato ao Senado, Jorge Viana (PT), tentou mais uma vez sensibilizar o eleitorado acreano para votar na presidenciável, Dilma Rousseff (PT).

Por conta das mais recentes pesquisas que colocaram José Serra (PSDB) na ponta das intenções de votos no Estado, Jorge Viana, argumentou sobre a importância da reversão desse quadro. “O voto é uma arma importante do eleitor. A Marina Silva (PV) ter muitos votos aqui é normal, mas o Serra?

Ele não é daqui e não tem compromisso com o nosso povo como o presidente Lula (PT). Tenho que respeitar o eleitor, mas vou acordar cada vez mais cedo e dormir cada vez mais tarde para reverter o índice da Dilma, no Acre.

Nossa campanha começou dia 10 de julho. A Dilma está lá atrás, mas vamos trazê-la pra junto do Tião Viana (PT). O Lula nos ajudou tanto. Devemos isso a ele. E vamos trabalhar muito para reverter esses índices,” prometeu.

Reforma Política
Na entrevista, Jorge Viana, defendeu ainda a urgência da reforma política no Brasil. “A política é nobre quando o político usa o seu mandato para servir o povo. É ruim quando político é tratado como criminoso. Isso precisa mudar. Quando o mundo quebrou com a crise econômica chamaram os políticos. Precisamos separar as coisas.

Tem gente que presta e gente que não presta, na política também é assim. Já tem gente comprando voto e isso está errado, por isso, um dos principais projetos que vou defender, caso seja eleito, é reforma política.

E quem faz isso são os senadores e os deputados. A lei não é clara, mas precisa ser. É como no futebol, a  regra precisa ser clara. A gente tem de perguntar ao promotor, ao juiz, o que pode e o que não pode. Precisamos fazer a reforma política urgente,” salientou.

Jorge Viana acredita que, numa eventual vitória sua ao Senado, terá que dedicar seu mandato parlamentar às reformas importantes para o país. “Precisamos também fazer a reforma tributária e mudar as leis criminais do país. Não pode continuar assim. O cara comete um crime bárbaro e é condenado há 30 anos e depois de cinco anos está livre. E quem faz a lei? São os deputados e senadores.

Por isso, eu e o Edvaldo Magalhães (PC do B) queremos trabalhar para ajudar a Dilma e o Tião com a reforma política, a reforma tributária e a reforma do Código Penal. Esse é o papel do senador, do deputado, mudar as leis deste país. Se as leis não são claras a culpa não é do juiz, mas do parlamento que legisla, que faz as leis,” explicou.

A convergência dos poderes
Outro aspecto abordado por Jorge Viana foi à questão da unidade política que o Estado está vivendo. “O Acre é um estado privilegiado porque tem o apoio do Lula. Com o Binho (PT) e o Angelim(PT), vivemos um processo de desenvolvimento importante que precisa ter continuidade.

O Brasil tem hoje uma elite que passa 24h trabalhando para impedir o Brasil de crescer. Isso tá errado. Qual é o papel do parlamentar? A lei áurea, a mais complexa do país, sabe como está escrita? Fica abolida a escravidão no Brasil. Lei complexa, letra simples, quando é lei para crime, por que não tem lei clara? Hoje há uma mistura, o honesto é tratado como suspeito.

Não é o caso de culpar o juiz, o promotor, o delegado. Mas os políticos. Precisamos mudar o Senado que foi o calcanhar, o calo do presidente Lula. E como mudar? Elegendo uma bancada comprometida com o crescimento do país,” avaliou.

Evolução social do Acre
O postulante ao Senado fez questão de frisar que houve mudanças essenciais no quadro social acreanos nos mais recentes anos. “A vida melhorou aqui? Não tenho nenhuma dúvida! Melhorou muito. O IDH é equivocado em relação ao Acre. Já briguei muito por isso.

Querem medir a vida de Santa Rosa com os mesmos indicadores de São Paulo. Querem no lugar de parteiras, médicos. Mas as parteiras fazem parte da nossa cultura. Querem creches para as crianças de Santa Rosa, que tem a liberdade de andarem pelas ruas e uma vida melhor do que as crianças que freqüentam as creches nas grandes cidades,” argumentou.

Viana falou de ações que pretende desencadear no Senado em relação ao desenvolvimento social do Estado. “Se for eleito legislador, vou levar a experiência de acreano de pé rachado, para mudar. Claro que tem que ter creche, mas isso não é necessário em todos os lugares. A meta do Tião é aprofundar as mudanças na segurança pública. O Acre tem o maior índice  proporcional de liberação de recursos do país.

Um senador tem papel estratégico nas liberações. A gente vivia na lama, com descrédito total, salário atrasado, se disputava espaço com os ratos.

O povo nos deu chances para trazer de volta o respeito. Sou feliz por ter ajudado nas mudanças. Criamos um ambiente de união que não pode ser quebrado. Vai sair a BR 364, a Luz pra Todos e a ZPE que poderá industrializar o Acre. Isso não é só com Governo Federal, não. Se o Estado não estivesse saneado e moralizado no uso de recursos e salários do funcionalismo em dia, não haveria recursos federais aqui,” salientou.

Oposição
O ex-governador avaliou o atual processo político e o papel que a oposição tem desempenhado no Estado. “Sem união não tem como haver continuidade desse processo que estamos vivendo. Por isso, é preciso moralização e competência política. Precisamos preservar esses valores. Não podemos dar um passo atrás. Temos que valorizar a nossa história.

Fazer oposição só falando mal é muito fácil. Quem faz isso, mostra que não conhece o Acre porque só faz visita em véspera de eleição. Nós valorizamos a história do nosso povo e a nossa cultura. Conheço cada canto do Acre. Não se pode levar cultura da cidade para a aldeia, nem trazer o índio para a cidade,” comentou.

O papel a desempenhar no Senado
Indagado sobre a experiência no executivo em relação ao Senado, Jorge Viana, resumiu: “Minha experiência de governo é muito rica. Senador não executa obra, mas pode ajudar a facilitar e a viabilizar recursos. É preciso estimular para que venham para a legalidade os empresários, os agricultores, os pequenos empreendedores. Ser senador é simplificar.

Se a gente aproveitar e nos unirmos todos, o Acre será uma referência também na indústria brasileira. A gente vai ter emprego e renda, seremos um exemplo de economia sustentável de baixo carbono. O carro chefe do nosso projeto é o apoio aos setores produtivos e a economia sustentável,” finalizou.

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