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Não resiste

Como se observou pelas suas próprias explicações, são frágeis e até mesmo incriminatórias as explicações dadas pela pastora candidata, flagrada na receptação de quase um milhão de reais, embalado em uma caixa de papelão. Até mesmo contraditórias.

Por isso é preciso insistir: trata-se de um fato cercado por todos os indícios de abuso de poder econômico, que não resiste a uma investigação mais rigorosa.
Daí a necessidade de a Justiça Eleitoral agir com o rigor da legislação, para que essas eleições não sejam comprometidas e contaminadas com esses abusos. E o ideal é que se faça essa investigação o mais rápido possível, para que os envolvidos não se prevaleçam depois das facilidades da própria legislação. Ou seja, é possível até que sejam eleitos e se beneficiem dos intermináveis recursos judiciais que soem proteger esses casos.

Como se recorda, a sociedade se mobilizou e exigiu que o Congresso aprovasse a Lei que ficou conhecida como “Ficha Limpa”. Ora, nada mais coerente do que zelar não só pela aplicação dessa lei, como coibir abusos tão acintosos como este flagrado pela Polícia Federal. Ou então tudo vira uma pantomima.

 

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