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Botafogo vence o São Paulo no Engenhão e se aproxima dos líderes

Na cola dos líderes! O Botafogo fez o dever de casa, venceu o São Paulo por 2 a 0, neste domingo, no Engenhão, e se aproveitou dos tropeços de Fluminense e Corinthians – que perderam para Atlético-GO e Grêmio, respectivamente – para se aproximar na briga pelo título brasileiro. Com o resultado, o Alvinegro, terceiro colocado, chegou aos 37 pontos e está só um atrás do Timão (que tem um jogo a menos) e a quatro do Tricolor, que permaneceu com 41.

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Os gols saíram no segundo tempo. Loco Abreu abriu o placar aproveitando um rebote de Rogério Ceni. O uruguaio, que foi multado pela diretoria por causa de um problema com o técnico Joel Santana, voltou a não comemorar, como havia feito na vitória sobre o Santos, na última quinta-feira. Mas, dessa vez, o motivo foi luto. Ele jogou com uma fita preta no braço em homenagem a um amigo falecido e dedicou a ele o belo gol. Edno fez o segundo em um chute cruzado, aproveitando um contra-ataque. O São Paulo caiu para o nono lugar, com 28 pontos.

Na próxima rodada, o Botafogo joga na quarta-feira, contra o Goiás, no Serra Dourada, às 19h30m. Na quinta, o São Paulo recebe o Internacional, no Morumbi, às 21h.

Plantão médico no Botafogo. São Paulo passivo

Joel Santana teve um problema de última hora para armar o time do Botafogo. Já no vestiário, o atacante Herrera foi vetado pelo departamento médico por conta de uma lesão muscular. O treinador optou mais uma vez pelo 3-6-1. Colocou Renato Cajá no meio, e Loco Abreu foi o único atacante. Aí não tem jeito. Com o uruguaio em campo, a bola aérea vira a principal via para chegar ao gol adversário. Cruzamentos que não cabem nos dedos das mãos. Foi assim que o time pressionou o São Paulo desde o princípio, mas com aproveitamento muito ruim.

Alessandro cruzou mal, Renato Cajá colocou força demais, Maicosuel de menos. Todos buscavam o camisa 13 na área. Apesar do trio ofensivo com Marcelinho, Dagoberto e Fernandão, o São Paulo preferiu esperar no campo de defesa. O time de Sérgio Baresi mordeu muito, apertou na marcação e tentou neutralizar Maicosuel, principal armador alvinegro.

Foi uma tarde de problemas médicos para os cariocas. Joel perdeu Marcelo Cordeiro aos oito minutos. Edno entrou no meio-campo, e Renato Cajá passou para a ala esquerda. Mais tarde, trocaram de posição. O volante Marcelo Mattos, que havia arriscado dois chutes, também teve de sair, aos 37. Numa dividida com Casemiro, ele sentiu o joelho esquerdo e deu lugar a Caio, que passou a jogar na ala direita.

O Botafogo teve mais volume de jogo, foi mais perigoso, mas pecou sempre naquele último toque. Por duas vezes, os jogadores (e a torcida) reclamaram do árbitro Carlos Eugênio Simon. Loco Abreu pediu pênalti após uma disputa pelo alto com Rogério Ceni. Dentro da área, o goleiro largou a bola, e o atacante disse que foi seguro pelo são-paulino. Mais tarde, Maicosuel partiu em velocidade para ficar na cara do gol e foi puxado por Xandão. O zagueiro, que era o último homem, acabou punido com cartão amarelo. Os alvinegros queriam o vermelho. Com Caio e Edno, o Alvinegro ficou mais ofensivo, mas também mais frágil na marcação.

Maicosuel andou sumido no jogo, parecia procurar um lugar ideal no campo. O garoto Marcelinho arriscou alguns dribles, chegou a deixar Leandro Guerreiro sentado, mas nada muito produtivo. Quem chegou mais perto do gol foi Edno, e quase não deu tempo. Aos 45, ele chutou de fora da área e obrigou Rogério Ceni a fazer boa defesa. Um primeiro tempo estranho, de muitas interrupções e chances raras de gol.

Retranca furada: Bota derrota o São Paulo

Foi um filme repetido. Assim como no primeiro tempo, o Botafogo se jogou para cima do São Paulo logo que a bola rolou após o intervalo. Empolgada, a torcida empurrou o time, não queria que o adversário gostasse do jogo. A diferença foi o estilo alvinegro, com mais troca de passes e menos cruzamentos. Renato Cajá e Edno chegavam de trás, enquanto Caio e Maicosuel não paravam lá na frente. Abreu continuava como referência. Foi de uma cabeçada dele dentro da área que quase saiu o primeiro gol, aos dois minutos. Com um tapa, Rogério Ceni impediu que Fahel chegasse para completar.

O franzino Caio deixou o ataque do Botafogo mais encorpado, só que falhou na frente de Rogério por duas vezes: um chute fraquinho da entrada da área e um tropeço na hora da finalização quase da marca do pênalti. Ele teria uma terceira chance, aos 22. Depois de aproveitar uma falha do zagueiro Xandão, o garoto ganhou na corrida, invadiu a área e bateu cruzado. Rogério Ceni espalmou, mas Loco Abreu aproveitou o rebote, de primeira, com o pé direito.

Baresi viu que seu time permanecia encolhido desde o começo e mudou. Antes do gol, Marlos havia entrado no lugar de Marcelinho. Depois, Carlinhos Paraíba substituiu Jorge Wagner, e Ilsinho entrou no lugar de Casemiro. A melhor chance tricolor foi de Dagoberto, aos 27. Após receber cruzamento na área, sem qualquer marcação, o atacante bateu de primeira e mandou para fora.

O São Paulo só decidiu jogar porque estava perdendo. Bom para o Botafogo, que passou a ter os contra-ataques como arma. Num deles, o time construiu o segundo gol. Pela esquerda, Renato Cajá viu Edno passar pelos marcadores e rolou. O camisa 11 invadiu a área, tinha a opção de cruzar para Loco Abreu, mas preferiu chutar. Fez bem, fez festa no Engenhão. Em estado de graça, a torcida soltou gritos de olé, aos 34 minutos.

Vitória consistente, para dar moral, que deixa o Botafogo ainda mais forte na briga pelo G-4 e confiante de que é possível lutar pelo título. (Globo Esporte)

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