Não é de agora que os atletas paraolímpicos acreanos vem se destacando fora do Estado. O último feito destes atletas que, primeiro precisam vencer vários preconceitos fora das pistas, quadras e piscinas, conquistaram 28 medalhas durante os Jogos Paraolímpicos Escolares, realizado em São Paulo/SP.
Leydson Rocha, chefe de delegação e coordenador da Setul, ressaltou que o número de medalhas aumentou em relação a 2009 (foram 21 medalhas).
“Foram oito medalhas de ouro, sete de pratas e outros 13 de bronze, demonstrando que temos bons valores no Estado”, enfatizou o coordenador.
Porém como nem tudo são rosas, na fase de preparação, por falta de local adequado para os paraolímpicos, os professores tiveram que improvisar nos treinamentos. “Utilizamos uma rua atrás do Sesi, fora dos padrões e inadequado, mas a superação e a força dos atletas acabou transformando isso tudo em sucesso”, desabafou o professor e técnico Ulisses Torres.
A delegação acreana foi formada por 52 pessoas, sendo 43 atletas e nove professores. Como fazia parte dos Jogos Escolares Paraolímpicos, os atletas da delegação tinham entre 13 a 18 anos. O principal destaque acreano, pelo terceiro ano, foi Luã Vargas, com três medalhas de ouro (100m, 300m e 1000m rasos).
Além de Luã, outros dois que conquistaram duas medalhas foram Athos Falcão e Luana, com um ouro e um bronze cada. O certo é que alguns desses atletas, em especial Luã, foi sondado pelos representantes do Rio de Janeiro, o que pode resultar na sua transferência para defender outro Estado. “Temos que trabalhar na valorização destes atletas, com Bolsas, para temos atletas de ponta representando e valorizando o Acre”, ressaltou Ulisses.
